Dia para entrar na história


Está aí, para quem duvidar. O post anterior está datado em 05/03, dia em que foi anunciada a Brawn GP, equipe que surgiu das cinzas da fracassada Honda. Hoje, vinte e quatro dias depois, a Brawn GP faz dobradinha no GP da Austrália, primeira etapa da F1 em 2009. Um feito inédito para uma equipe estreante, sem publicidade e sem apoio oficial de um fabricante. (Em 1954 a Mercedes fez o mesmo, mas a alemã já era gigante, no meio das nanicas. A Wolf ganhou com um carro, na corrida de estreia marcada por quebras dos adversários).

Esse carro é fruto do desenvolvimento e da atenção total da Honda ao novo projeto, que consumiu todo o tempo em 2008, abandonando o carro que penava nas pistas à própria sorte.

O carro é ótimo e se beneficiou por ter recebido o motor Mercedes, talvez se continuasse com os propulsores japoneses não tivesse o mesmo resultado, mas mesmo assim, deve ter japonês da Honda preparando seu Harakiri, por ter abandonado um carro campeão e assumir a vergonha dos carros de 2007 e 2008.

Brawn GP - agora é oficial


Saiu o anúncio oficial da Brawn GP. Tudo confirmado: motores Mercedes e Button e Barrichello nos cockpits.
Sucesso para eles.
Tem até site: www.brawngp.com

Barrichello, o nome certo


Notícia quase oficial, Barrichello assume o último cockpit da F1, do provável Brawn Team. Ross Brawn sabe as dificuldades que enfrentará para fazer sua equipe andar em 2009, por isso trocou o suporte financeiro que viria com o peso do nome Senna pela experiência de um veterano que já sabe todos os atalhos para fazer um carro andar. Por isso, acredito mais na equipe, não por Barrichello, mas pela demonstração de seriedade, de quem quer resultados sólidos e não publicidade fácil.
Alguns diriam que Rubinho não consegue fazer milagres, verdade, mas consegue fazer o possível com o que tem nas mãos. Em 2008 tirou leite de pedra da Honda, chegando a emplacar um pódio, nos anos anteriores teve desempenho melhor que Jenson Button, não teve a mesma sorte do inglês, aliás, a falta de sorte marcou a sua carreira.
O carro da ex-Honda foi desenvolvido sob a supervisão pessoal de Ross Brawn durante todo o ano passado, deve ser um bom carro. O modelo 2008 da Honda era ruim porque não conseguia velocidade em reta, espero que a cavalaria alemã ajude a empurrá-lo com mais força, colocando-o na briga entre as equipes do mundo real, abaixo de McLaren, Ferrari, BMW e Renault. Se andar, a Brawn Team não terá dificuldades para encontrar um suporte financeiro que garanta sua continuidade.
Para Bruno Senna não sobrou muita coisa, provavelmente correrá de DTM com apoio da Mercedes, o que não é pouco. Se voar com os carrões alemães, poderá voltar para a F1, senão, vira forte candidato para a Stock nacional. Uma pena. Aliás, palmas para ele, não mentiu quando negava qualquer acerto com o espólio da Honda, quem mentiu foram as revistas e jornais.