Xô depressão!!!!

Depois dos 40 anos algumas pessoas têm uma tendência a entrar em depressão diante da frustração de perceber que já passaram tantos anos e muitos dos projetos que tinham feito ficaram para trás e dificilmente poderão virar realidade.

Claro que também passei por questionamentos desse tipo, mas prefiro pensar diferente, fazendo uma conta simples:
A média de vida tem aumentado consideravelmente, estamos nos cuidando melhor, controlando fumo, bebida e outras bobagens que só tiram nossa saúde. Os tratamentos médicos também evoluíram bastante o que garante mais alguns anos de vida. Então não é exagero dizer que podemos chegar bem aos 80 anos sem cair numa cadeira de rodas ou depender de andador para se locomover.

Quem chega aos 40 tem pelo menos mais 40 pela frente. Mas os primeiros 40 anos não foram assim tão tranqüilos. Os primeiros 12 foram vividos na infância, com a única preocupação de brincar e estudar, sem muita escolha ou opinião. Os seguintes, até os 20, adolescência, mais uma fase problemática, muitos ficam tão burros e cabeçudos que fazem bobagem com drogas e violência e acabam morrendo pelo caminho. Então, os vinte iniciais valem mais como uma fase de aprendizado e de sobrevivência. A partir daí saímos como loucos para nos estabilizar, estudando, trabalhando muito, correndo atrás de amores, conquistando um certo conforto com bens, tendo os primeiros filhos, ou seja, vivemos intensamente atrás do próprio rabo, sem realmente ter algum tempo para pausar as atividades e respirar.

Fizemos um grande esforço inicial, mas agora o trem da vida já está seguindo em plena velocidade, as coisas estão mais ou menos encaixadas, já conseguimos alguma estabilidade e maior maturidade para driblar os problemas sem tanto alarde, trabalhamos melhor, sabemos escolher os melhores caminhos e daí é possível curtir mais os filhos, amar melhor e intensamente, cuidar da saúde, estudar assuntos que realmente importam, descobrir novos gostos e sabores, viajar e conquistar o mundo. Provavelmente alguns daqueles projetos esquecidos podem ser retomados com maiores chances de sucesso. E, para isso tudo, pelo menos mais 40 anos. Não é bom demais?

National Kid

National-Kid

Quando a Terra era ameaçada por seres de outro planeta, surgia um ser vestido com roupa espacial, capacete, máscara, capa e luva que salvava a todos e era auxiliado (ou atrapalhado) por vários personagens. Seu nome era National Kid. Ele era oriundo da galáxia de Andromeda. O que caracterizava este super-herói era o seu modo de voar. Diferente do Super-Homem, ou qualquer outro, ele voava com os braços abertos. Com duas pistolas, colocava fora de combate os seus adversários. Suas lutas corporais com seus adversários eram verdadeiras danças, e ele é um dos precursores das lutas marciais vistas hoje nos filmes do gênero. Foi exibida no Japão de 4 de agosto de 1960 a 27 de abril de 1961 e no Brasil foi televisionada de 1964 até início dos anos 1970.

Acabo de conseguir emprestado uma caixa com vários episódios da aclamada série que, infelizmente, não tive a oportunidade de acompanhar na época que foi transmitida na TV, tinha apenas 2 anos. O incrível é quem me emprestou, o segurança do meu local de trabalho, um senhor muito simpático, daquelas pessoas que todo mundo gosta e que nunca deu pinta de ser um velho nerd disfarçado em seu uniforme. Grande Sr. Edvaldo!! Antes já havia me emprestado preciosidades como Ultraman, Speed Racer e Robô Gigante!!

Delícias da minha infância

Tive a felicidade de viver os últimos 30 anos do século XX, talvez os mais legais de toda a história da humanidade, fiquei ansioso pela chegada do ano 2000, vi nascer o computador pessoal, o Walkman, o telex, o CD, o DVD, vi o fim do vinil e das fitas K7, meu primeiro carro foi um Fusca, andei de Mobilete e de Caloi 10, mas aprendi a pedalar numa Caloi Berlineta Dobrável, quando criança sonhei em ganhar uma pista de carrinhos TCR da Troll, muito melhor que Autorama, meu primeiro videogame foi um Telejogo Philco. Tantas marcas que ficaram para sempre na memória, a maioria desaparecida e desconhecida da garotada do novo milênio que cresceu habituada a ver “made in China” em tudo que chega às suas mãos.

Mas a idéia é lembrar de guloseimas, daquelas delícias que ficaram registradas na memória afetiva. Hummmm…

Chocolates Lacta – Existem até hoje, Diamante Negro e Laka, o sabor é o mesmo, mas antigamente as barras eram fininhas, embrulhadas em lindas embalagens dobradas, por fora um lindo papel preto e prateado no caso do Diamante Negro, por dentro a barra que era cuidadosamente embalada num papel manteiga, com uma base de papelão para não quebrar. Era um enorme prazer desembrulhar todo aquele capricho para chegar no delicioso chocolate.

Balas Paulistinha – Humm… Balas fininhas e saborosas, difícil era aguentar ela desaparecer na boca.

Balas em formato de astronauta – Acho que eram fabricadas pela Pan, balas duras e listradinhas com formato de um pequeno astronauta, eram difíceis de encontrar, não lembro muito do sabor, mas chupá-las era uma grande brincadeira.

Balas Juquinha – mastigáveis e deliciosas, com vários sabores, a minha preferida era a tutti-frutti, branca num papel amarelo.

Balas Soft – Balas Soft eram grandes, redondas e muito lisas, perfeitas para matar crianças asfixiadas, pois escorregavam com facilidade para a traquéia. Chupei muitas, tomava cuidado, mas de vez em quando me assustava, nunca me sufoquei, mas conheci muita gente que quase morreu. Eram deliciosas, vários sabores e cores, lindas.

Balas Chu-Cola – O melhor sabor da Coca-Cola em formato de bala, chegava a imaginar o gás do refrigerante quando tinha uma na boca.

Balas de Leite Kids – A melhor bala que há, quando o baleiro parar – Redondinhas, com rebarbas e deliciosas, ainda existem, mas ficaram quadradinhas, fabricadas pela Arcor, junto com a Bala de Amendoim e de Hortelã.

Azedinho Doce – Chiclete fininho, numa embalagem quadradinha com algumas unidades embaladas individualmente num papel manteiga. O filete de chiclete era seco e em contato com a boca liberava um sabor azedo e doce ao mesmo tempo, ainda consigo lembrar da sensação do azedinho nas mandíbulas.

Chicletes Mini – Um pacotinho vermelho e rosa com uma boca transparente mostrava o conteúdo cheio de chicletinhos coloridos. Para economizar colocava um pedacinho por vez na boca, mas depois não resistia e virava o pacote, experimentando uma deliciosa sensação de sabores misturados.

Chicletes Ping Pong – O maior barato dos chicletes Ping Pong, fabricados pela Kibon, eram as tatuagens que vinham dentro da embalagem. Uma lambida bem molhada no alto da mão preparava o local para o aplique, depois a figurinha era encostada na pele e pressionada por um belo tapa com a outra mão, alguns minutos segurando apertado e depois tirando para ver o resultado do desenho. Se tivesse muita saliva, o desenho saía borrado, se tivesse pouca ou se o tapa não fosse bem dado, o desenho falhava. Chegava a ter umas 10 tatuagens por dia, mas se saísse do banho com elas ainda marcadas, voltava para o chuveiro com um puxão de orelha. Mais tarde vieram o Futebol Cards Ping Pong, cartões com fotos e informações dos jogadores do campeonato brasileiro, tinha uma pilha gigantesca de cartões que infelizmente desapareceu.

Chicletes Ploc – Eram bons, mas para mim eram uma 2ª opção depois do Ping Pong. Tinha boas figurinhas, mas nunca foi tão gostoso.

Crush, Gini, Grapette, Guaraná Brahma – Até hoje não entendo como esses maravilhosos refrigerantes desapareceram. Sempre foram os meus preferidos, principalmente a Gini, numa linda garrafinha verde com desenhos brancos, sabor limão refrescante, tom esverdeado, bastante gás, muito diferente das sodas limão transparentes que estão aí até hoje. Guaraná Brahma sempre foi para mim melhor que o Antárctica, parece que tinha mais espuma quando colocava no copo, com um sabor delicioso.

Doces Confiança – Doce de Leite, Pé-de-moleque, Gibi, Doce de Amendoim, Doce de Leite com Coco e outros tantos sabores, embalados num celofane transparente dobrado. Eram doces baratos de armazém, deliciosos, meu preferido era o Doce de Amendoim.

Paçoca Amor – Ainda existe, fabricada pela Arcor, com a mesma embalagem e o mesmo sabor, branquinha que quebra fácil e faz uma sujeira danada, mas deliciosa.

Teta de Nega – Maria Mole em formato de teta, coberta com um chocolate vagabundo, ainda existe, um clássico dos doces de boteco, junto com os doces de batata e abóbora em formato de coração.

Drops Dulcora – quadradinhos, coloridos e saborosos, embalados individualmente em celofane transparente. Patrocinador de Speed Racer na TV Tupi, portanto, meu drops preferido.

Drops Kids – O Halls da época, com sabores hortelã, café e aniz. Minha mãe sempre tinha um Drops Kids na bolsa, principalmente os de hortelã e café, não eram meus sabores preferidos, mas quebravam o galho.

Mentex – Ainda existe, com um visual pouco diferente, na famosa caixinha amarela. Bom para dar uma aromatizada na boca antes de entrar no cinema. Para beijar muito.

Chocolate Prestígio – Parecia mais comprido, embalado como um bombom. Por fora um papel celofane vermelho com a parte de cima transparente em alguns trechos do desenho da marca, por dentro um papel dourado cobria a barra. O sabor fresquinho, com recheio molhadinho de coco, coberto com o delicioso chocolate Nestlé. Hoje o recheio parece mais seco, menos gostoso.

Sensação - “Sensação com coco, laranja, morango e limão” – Cantava a atriz da propaganda, anunciando o novo chocolate Nestlé, fantasiada de Carmem Miranda, com o adorno de frutas na cabeça. Não deve ter vendido o suficiente, os sabores desapareceram, da barra de chocolate sobrou só o bombom com recheio de morango na caixa de Especialidades Nestlé.

Surpresa – A barra de chocolate estampada com figuras de bicho e acompanhada de um cartão com lindas impressões virou febre entre os colecionadores. Não entendo o motivo de não ser mais produzida.

Biscoitos à granel – Comprar biscoitos em pacotes fechados é um costume recente, antes os biscoitos eram comprados à granel, disponibilizados em grandes caixas na vendinha. Iam direto para a lata em cima da geladeira, longe do alcance das crianças, para não estragar o apetite do almoço.

Pirulito Zorro – Pirulito quadradinho, chatinho, toffee de caramelo. Não cedia facilmente aos dentes, precisava ser chupado, esticado. Um trabalho bem gostoso.

O Último Mestre do Ar

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Mais um programa família no domingão, matinê no Cinemark. Pelo jeito a promoção tem conquistado cada vez mais pessoas, a sessão estava bem cheia às 11h num belo domingo de sol.

Por ser uma obra adaptada de uma série animada do canal Nick, o filme sofre por não agradar aos fãs, já que necessariamente não consegue reproduzir todos os elementos e ações já conhecidas pela garotada e também peca por estar amarrado à série infantil, não podendo expor cenas de ação e violência que seriam comuns numa história voltada a um público adulto.

Daí que o O Último Mestre do Ar desagrada a todos, pais e filhos. Se não estivesse atrelado ao desenho que lhe inspirou, o diretor teria mais liberdade para explorar as cenas de ação, recheadas de efeitos especiais. Atrelado ao desenho, não pode reproduzir todo o universo de Avatar, apresentado numa infinidade de episódios, com personagens muito mais divertidos para a garotada.

O que permite uma conclusão, O Último Mestre do Ar não tem propósito, não precisava ser feito. Acaba servindo como um filme caça-níqueis, daqueles que se pagam por reproduzir cinematograficamente personagens conhecidos do público infantil, mas que não valem nada como cinema.

Sugestões para o Horário Eleitoral Obrigatório

Começou a campanha eleitoral obrigatória nos rádios e nas TVs, além do jornalismo recheado de escândalos e acusações políticas com claros interesses eleitoreiros. Um saco!!!

Para quem não tem e não quer TV por assinatura, segue uma série de sugestões para aproveitar melhor esse tempo:

- Coloque a coleira no cachorro e saia para um passeio, seu melhor amigo ficará imensamente feliz e a sua saúde vai melhorar;

- Desligue a TV, conte como foi seu dia para quem estiver ao seu lado, invente uma história, lembre de uma piada, enfim, tenha um momento família.

- Abra um livro, deleite-se em alguma boa história.

- Vá para a cama, dormir cedo é ótimo!

- Sabe aquele DVD que você ganhou ou comprou e nunca teve disposição para assistir? Coloque o disco para rodar e divirta-se.

- Jogue videogame! Recomendo Mario Galaxy 2 no Wii, super divertido!

- Escreva. Pode parecer uma tortura, mas com o tempo vira um exercício de imenso prazer, registrando suas idéias e pensamentos para a posteridade.

- Vá para a cozinha, transforme em delícia aquela receita velha encalhada no fundo da gaveta.

- Uma boa transa. Sexo é ótimo em qualquer momento.

Posso dar mais uma infinidade de sugestões, muitas maravilhosas e outras tantas não muito agradáveis, mas garanto que qualquer coisa é melhor que ficar sentado no sofá vendo o desfile de lobos travestidos de cordeiros, prometendo sempre as mesmas coisas e querendo nos fazer de idiotas.

Aprendiz de Feiticeiro – Incrível aventura da Sessão da Tarde

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Trailer de filme foi feito para impressionar, mas geralmente a gente consegue desconfiar quando uma produção é realmente boa ou não. Aprendiz de Feiticeiro foi divulgado com um belíssimo trailer, com produção Disney e atores de peso como Nicolas Cage e Alfred Molina. Mas o que se vê na tela acaba frustrando.

O filme baseia-se num roteiro pra lá de batido que já cansamos de ver com poucas variações de personagens. Qualquer mané que domine poucos elementos da morfologia do conto de Propp, consegue fazer uma história bem melhor. Nicolas Cage e Alfred Molina são grandes nomes de Hollywood, mas não podem transformar água em vinho, por isso não conseguem mostrar o quanto podem atuar. Jay Baruchel, que dá vida ao nerd discípulo de feiticeiro irrita com sua voz de pato e sua falta de carisma. Monica Belucci, linda, participa mais como uma lembrança, tem poucas cenas.

Para disfarçar os efeitos especiais, quase todo o filme se passa em cenários noturnos, tirando muito do brilho que se espera de uma grande produção.

O momento nerd mais divertido é a referência direta à confusão que Mickey faz com as vassouras no seu desenho homônimo, mas o camundongo da Disney é muito melhor.

Para quem busca uma distração leve, Aprendiz de Feiticeiro oferece alguma diversão, daquelas que a gente esquece tão logo acaba.

Temas no Windows 7 – Renault F1

tema

Muita gente ainda não conhece a possibilidade de criar temas no Windows 7, o sistema operacional permite escolher cores e transparência das barras, fazer transição de imagens de papel de parede, escolher sons e salvar o conjunto de escolhas como um tema a ser aplicado. Também é possível baixar temas no site da Microsoft e, claro, numa outra infinidade de sites na Internet.

Acabo de criar o meu, baseado na Renault F1, equipe que tenho a maior simpatia. A equipe disponibiliza novos papéis de parede em vários tamanhos a cada novo GP, então bastou baixar todos os disponíveis para criar uma transição para o meu tema pessoal. Gostei do resultado.