Vamos fazer nada?
Abraços grátis!!
Você já abraçou alguém hoje? Envolver alguém nos braços - e ser acolhido de volta - dá um enorme bem-estar. Especialistas dizem que faz um bem danado pra saúde, diminuindo até a pressão arterial e o estresse, dá mais imunidade e chega até a ter efeito analgésico. Mas nem precisa de opinião profissional, basta abraçar e sentir.
O movimento "Abraços Grátis" nasceu na Austrália e está se espalhando pelo mundo, consulte http://www.freehugscampaign.org/ , tá uma loucura, todo mundo saindo nas ruas com a plaquinha "Abraços Grátis" nas mãos. Não importa quem, o importante é abraçar.
Já aderi ao movimento, adoro abraçar, vamos nos mobilizar e entrar de braços abertos nessa campanha?
ABRAÇÃO!!
Tempo, tempo, tempo
Lembro de acontecimentos da minha infância com a mesma vivacidade do que acabei de comer. Os sabores estão sempre presentes, sem espaço de tempo. Esquecer talvez seja mais fácil, dói menos. Não consigo.
Então, consciente que para os outros o passado está distante, olho para o futuro e me apavoro, pois sei que se não for realmente marcante, em breve, deixarei de existir.
Meu desafio.
Como descrever uma mulher em poucas palavras?
Machadão descreveu Capitu com seus "olhos de cigana oblíqua e dissimulada". Nada mais, poucas palavras para definir o enigma. Coisa de mestre.
Em "Desenredo", conto de Tutaméia, Guimarães talvez vai mais longe. Define a personagem, indefinindo-a, com nomes que se confundem e se aproximam. Deliciem-se com o trecho, mas não deixem de ler o texto completo.
"(...)
- Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Com elas quem pode, porém? Foi Adão dormir, e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.
Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor.(...)"
Bob Dylan
Bob Dylan - Blowin' In The Wind
Acabei de ver o documentário No Direction Home de Martin Scorcese sobre Bob Dylan. Lançado em 2005 o filme mostra o período de 1961 a 1966, quando o astro se destacou pelas músicas folk, ao lado de Joan Baez, com forte engajamento político. Depois, mudando sua vertente e negando rótulos, muda para um tom mais pessoal, destacando desilusões amorosas, viagens oníricas e surrealistas, influenciado pela poesia beat. Dessa nova fase, nasce o hino "Like a Rolling Stone".
O documentário é ótimo, muito bem costurado, com imagens da época e entrevistas atuais. Encontrei numa banca de ofertas das Lojas Americanas a R$12,99. O DVD é duplo e traz muitos extras com gravações antigas na íntegra.
O cara se reinventou muitas vezes mais e continua na onda, vez ou outra emplaca um sucesso. Esteve no Brasil no começo de março, um show para poucos no Rio e em Sampa. Vi uns videos mal gravados pelo público no YouTube, achei estranha a nova versão do clássico "Like a Rolling Stone", cantada numa voz soturna, talvez tenha sido melhor ficar com a versão clássica, mas tudo bem, ele é gênio e tem que ser respeitado.
Não sou um fã doente, mas adoro ouvir "Like a Rolling Stone" cantado por ele mesmo, apesar da versão dos Rolling Stones também ser ótima. Se não conhece, assista, se já conhece, aproveite:
Miniaturas
Prometi que eventualmente postaria minhas miniaturas. Agora segue a minha paixão, Ferrari! Em "Carros" da Pixar, gostei especialmente dessa dupla Luigi & Guido que tem muito a ver comigo. Quando os vi na vitrine, não pensei duas vezes e trouxe as preciosidades pra casa, claro que não podia deixar pra trás a bela F430, dublada no filme pelo próprio Schumacher. Foi difícil achar espaço pra eles na estante, mas ficou lindo!
Para quem gosta de criança...
Tanto tempo... Que saudade!!
Denorex, parece mas não é
Não encontrei a versão clássica, só um remake mais moderno, mesmo assim, vale dar uma conferida:
Desculpem a demora...
Abração
Mulher
Por favor, não entendam essa postura como uma atitude de quem não gosta de presentear, não carrego cascavel no bolso. Pelo contrário, gosto de mimar pessoas queridas. Só não quero ser óbvio, gosto de surpreender e, para mim, entregar um presente num dia eleito pelos comerciantes é algo estranho, soa a obrigação. Vejo em épocas específicas pessoas afoitas em lojas de produtos baratos e de duvidosa qualidade, comprando “lembrancinhas” só pra marcar presença. Um jogo de máscaras.
No encerramento dessa semana, temos mais uma data eleita, 08 de março, Dia Internacional da Mulher.
Gosto das mulheres. Amo demasiadamente uma e não canso de repetir meus sentimentos para ela.
Amo também minha mãe. Mãe é mãe.
A mulher que amo é especial, como especial é toda a mulher, mas a mulher que amo é minha, como eu sou dela. Somos um do outro, portanto não enxergo conotações machistas quando digo com todas as letras: a minha mulher.
Diariamente convivo com umas trinta e tantas mulheres. São a grande maioria no meu ambiente de trabalho. Poucos têm esse privilégio.
No começo foi difícil. Começar uma segunda-feira no trabalho e não ter aquele colega pra trocar gozações da rodada no futebol, algo como se faltasse um ritual pra começar bem a semana.
Hoje, sinto que o futebol perdeu boa parte da sua importância.
Aprendi e aprendo muito com elas. São agressivas e dóceis, rigorosas e frágeis, guerreiras e carentes. Tudo ao mesmo tempo. Admiro especialmente essa qualidade multi-tudo. Falam ao telefone, enquanto escutam uma conversa na porta da sala ao lado, chegam a interromper a ligação para dar alguma resposta na conversa, deixando clara sua magnificiência. Minha limitação masculina me obriga a uma única coisa por vez.
No trabalho, a feminilidade jamais diminui a excelência, pelo contrário, aumenta. São melhores profissionais em tudo o que fazem, sem esforço pra isso, faz parte da sua natureza.
Por isso, não consigo aceitar a eleição de um único dia para distingui-las. Devem ser valorizadas diariamente. Escolher um dia é diminuí-las.
Essa simples homenagem segue hoje. Detesto ser óbvio.
"Esse é um país que vai pra frente, oh, oh, oh, oh, oh!!"
Muita gente não se lembra, mas por volta de 1977 ou 1978 o governo federal, em plena época brava de autoritarismo militar, distribuía cartilhas para as crianças das escolas públicas a fim de explicar aos pequenos como funcionava o Imposto de Renda. A cartilha era repleta de personagens de uma ilha fictícia e tentava mostrar como era a vida ideal numa sociedade e a importância de se reservar uma pequena fatia do bolo para o bem comum. Tudo muito lindo e colorido. Obviamente questionável. Depois de lermos e "entendermos" a cartilha, éramos obrigados a escrever uma "linda composição" (redação) que seria avaliada para uma remota premiação.
A campanha de TV estava baseada em personagens animados, cantando um jingle mais ou menos assim:
Esse é um país que vai pra frente, oh, oh, oh, oh, oh!
De uma gente amiga e tão contente! Oh, oh, oh, oh, oh
Esse é um país que vai pra frente, oh, oh, oh, oh, oh!
Na época, um dos maiores sucessos do humor na TV era o programa "Os Trapalhões", ainda na TV Tupi. Lembro nitidamente que com muita coragem e irreverência, num domingo, vi a trupe de Renato Aragão cantando animadamente o já conhecido jingle. O humor estava baseado num pequeno detalhe: enquanto o grupo cantava e marchava, abraçados um ao outro como num trenzinho infantil, o cenário seguia na direção contrária, dando a impressão que marchavam para trás.
Irreverente, cômico e muito corajoso para a época. Pelo que me lembro, o programa saiu do ar por uns tempos e reestreou na TV Globo, reformatado para um público mais infantil. Lembro de outros esquetes maravilhosos de Os Trapalhões, nenhum tão ácido e adulto.
Claro que nem o YouTube guarda essa preciosidade, muitos estranhos incêndios destruíram os arquivos da TV nacional. Mas vale sempre a pena relembrar o quanto os caras eram bons:
Pílulas Roseanas
Mas - de repente - eu temi? A meio, a medo, acordava, e daquele estro estrambótico. O que: aquilo nunca parava, não tinha começo nem fim? Não havia tempo decorrido. E como ajuizado terminar, então? Precisava. E fiz uma força, comigo, para me soltar do encantamento. Não podia, não me conseguia - para fora do corrido, contínuo, do incessar. Sempre batiam, um ror, novas palmas. Entendi. Cada um de nós se esquecera de seu mesmo, e estávamos transvivendo, sobrecrentes, disto: que era o verdadeiro viver? E era bom demais, bonito - o milmaravilhoso - a gente voava, num amor, nas palavras: no que se ouvia dos outros e no nosso próprio falar. E como terminar?
Então, querendo e não querendo, e não podendo, senti: que - só de um jeito. Só uma maneira de interromper, só a maneira de sair - do fio, do rio, da roda, do representar sem fim. Cheguei para a frente, falando sempre, para a beira da beirada. Ainda olhei, antes. Tremeluzi. Dei a cambalhota. De propósito, me despenquei. E caí.
E, me parece, o mundo se acabou.(...)
Não pretendo usar esse espaço para fazer análises literárias, nem tenho competência para tanto. Gosto da idéia de que alguém possa ler esse pequeno trecho, um átomo do universo de Guimarães Rosa, e se sentir provocado a experimentar uma leitura mais completa, profunda, merecida. Quem sabe?
Mas sempre vale a pena uma pausa para reflexão: Quantos de nós não transvivemos e esquecemos de nós mesmos? Com sucesso - milmaravilhoso - ou não, temos coragem de dar a cambalhota?
Speed Racer
Speed Racer foi um dos desenhos preferidos dos garotos quarentões. Já disseram que com o tempo o que muda mesmo é só o tamanho dos brinquedos, por isso a Warner Bros lançará em maio "Speed Racer, o filme", com a certeza que todo papai fará questão de levar seus rebentos ao cinema . Quem quiser conferir pode começar com os traillers espalhados na net.
Acho estranho ver os queridos personagens 2D com traços japoneses encarnados em figuras humanas reais misturadas com muita computação gráfica, por isso desconfio um pouco do sucesso do filme, mas o legal mesmo dessa história é que a Hot Wheels irá lançar uma série de carrinhos baseados no filme, incluindo uma pista gigantesca e, preparem suas câmeras, já chegou no Brasil a réplica do Match 5 para ser apresentado em vários eventos promocionais.
Pra matar a saudade, não deixem de ver a abertura do desenho original, pena que não aparece o patrocínio dos drops Dulcora, mas tudo bem.
Só pra encerrar, uma pena a participante do Caldeirão do Huck desse sábado ter perdido o "Pulsação anos 80" na questão do Speed, bastava lembrar do Zequinha, se tivesse levado algum amigo no meio da mulherada, teria chegado à final.
Jerry Lewis - Hilário!
Muita gente nem sabe mais o que é uma máquina de escrever. Houve uma época em que havia uma escola de datilografia em cada esquina. Meu diploma deve estar perdido em alguma gaveta, não serve pra nada, mas é legal saber digitar com todos os dedos.