O Cavaleiro das Trevas


Sempre gostei mais do Batman dos quadrinhos, completamente diferente da imagem rechonchuda do antigo seriado de TV ou do ator pobre coitado entalado numa armadura de borracha, como aparece nos filmes. O Batman dos quadrinhos é um cara mal humorado, um detetive aguçado que levou seu corpo ao limite da força humana, mestre de artes marciais, perturbado pelos fantasmas do passado e desafiado pela loucura de um cara ainda mais maluco, o Coringa.
A série "O Cavaleiro das Trevas" de Frank Miller foi um marco para a história dos quadrinhos, trouxe o personagem envelhecido, lutando para trazer alguma ordem a uma sociedade caótica, enfrentando um Coringa maluco ao extremo. Uma obra de arte.
Desconfiei quando vi o título do novo filme do Batman, sabia que não seria uma reprodução da obra de Frank Miller, mas que poderia ser uma boa continuação do bom "Batman Begins". Fui para o cinema como o espírito desarmado, sem expectativas, só para me divertir.
Me surpreendi, o novo Batman das telas soube aproveitar todos os elementos dos quadrinhos, sem banizá-los. Não é a reprodução de Frank Miller, mas tem um ótimo roteiro, que fisga o espectador do começo ao fim, com cenas de ação alucinantes e todas as explosões que Hollywood sabe fazer.
Vale a pena.

Detalhe: A tempos que não via o público aplaudir um filme no final.

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