Dia do Trash Food

Hoje é sexta-feira, por favor, desliguem seus PC's e saiam de casa! Que tal cair de boca numa pizza, numa porção de fritas com cerveja ou num super big lanche? Divirtam-se!! Nessa noite você merece, deixe para retomar o regime na segunda-feira!

Amanhã eu volto!

Do Radinho de Pilha ao MP3


Houve uma época em que todo garoto sonhava em ter um radinho de pilha. O máximo que a tecnologia da época podia oferecer, AM com som mono e uma entrada para fone de um único ouvido (claro, era mono). O luxo era ter uma capa de couro, com uma alça para ser levado para qualquer lugar. Não era muito prático e nem muito leve, mas era portátil e, mais importante, podia ser mostrado, dava status.

Os melhores eram os japoneses. Acho que os chineses, em plena época de regime autoritário, nem sonhavam em poder ter e muito menos fabricar um.

Como toda novidade tecnológica, era caro e, portanto, restrito. Mas não por muito tempo, logo o negócio foi se popularizando, com novas marcas e modelos e não demorou muito para cair no gosto e no bolso do povão.

Foi pro futebol e aí virou praga. A Rayovac deve ter ganhado muito dinheiro vendendo pilha com a estampa do Pelé na lata.

A alguns anos atrás, logo depois da liberação da Internet no Brasil, um maluco americano inventou um sistema chamado Napster, que permitia o compatilhamento de arquivos. A idéia era ótima e, apesar da banda estreita dos modems discados, fez um sucesso tremendo, com a troca dos arquivos de música no formato MP3. As gravadoras chiaram ao constatarem que seu queijo estava sendo mexido e, com os direitos autorais embaixo do suvaco, foram aos tribunais e acabaram com a farra. O Napster acabou, mas o MP3 ficou.

Nessa onda começaram a ser lançados os primeiros players de MP3. Pequenas jóias que podiam reproduzir os arquivos já com a conhecida qualidade de som, mas com preços astronômicos. Meu primeiro sonho, um Muvo da Creative, tinha incríveis 64mb, ou seja, dava pra estocar umas 18 músicas, num aparelho menor que uma caixa de fósforo. Nada que não pudesse ser alcançado com uma tonelada de parcelas.

Logo o sempre esperto Steve Jobs percebeu o filão que tava aparecendo e lançou o iPod, com o reconhecido design da Apple. Os fones brancos viraram febre, com a mesma cor dos velhos fones mono dos radinhos de pilha.

A história sempre se repete. O MP3 foi parar na banca do camelô e o foninho branco se espalhou pra tudo que é lado, vende que nem pão quente e tá no ouvido de todo mundo. O que é ótimo.

O tempo passa, mas as coisas não mudam. A não ser a China.




Paçoca Amor


Quem nunca sentiu o prazer de experimentar uma paçoca Amor, branquinha, sequinha, levada à boca com todo o cuidado para não despedaçar?

A empresa que a fabricava, a Sing's, foi para o brejo a muito tempo e infelizmente levou junto uma linha de doces deliciosos (gibi, doce de leite, doce de amendoim, doce de coco com leite, todos embalados em celofane transparente). Aqueles "doces de bar" que dava pra comprar com a chorada moedinha da mãe.

Felizmente a Paçoca Amor sobreviveu, agora é da Arcor. http://www.arcor.com.br/categoria_alimentos.php?linha=41

Na minha cidade é impossível encontrar, mas ganho algumas de vez em quando, vindas direto de Sampa.

Dulcora




Não consegui encontrar o comercial completo, mas esse vídeo tem preciosidades memoráveis que sempre valem a pena...




Pílulas Roseanas

Uma grande amiga costuma nos brindar com suas "Pílulas para o Coração". Frases maravilhosas depositadas numa linda caixinha que, escolhidas no escuro, nos acolhem, aquecem ou incomodam. Gosto da idéia e as procuro sempre.

Idéias boas precisam ser copiadas.

Segue então minhas "Pílulas Roseanas", trechos de Guimarães Rosa. Para começar...

"(...)O senhor saiba: eu toda a minha vida pensei por mim, forro, sou nascido diferente. Eu sou é eu mesmo. Diverjo de todo o mundo... Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa. (...)"
Grande Sertão: Veredas - Guimarães Rosa

Miniaturas...


Adoro miniaturas, não sei o motivo, talvez alguém explique, só espero que não seja o Freud com suas teorias fálicas.

Simplesmente gosto de poder ter uma pequena representação de algo que gosto muito e que dificilmente poderei ter, isso vale para as miniaturas de carrinhos, mas também gosto de colecionar bonecos, ops, figuras de ação, de personagens que marcaram um pouco da minha infância.,

Eventualmente vou postar algumas imagens, espero que gostem. Hoje segue o adorável Fred Flintstone, adquirido recentemente num Bob's. O lanche é horrível, mas a miniatura é legal.

Uma frase...



Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.

Mário Quintana

O negócio é bloggar

Pois é, o negócio é bloggar.

Sempre fui um cara apaixonado por tecnologia, antenado com tudo que aparecia de novo. Já faz um tempo que começou essa mania (aliás, tempo é um conceito que tenho tido uma certa dificuldade de engolir, mas prometo que volto a falar disso em outro post), desde moleque curtia muito tudo que parecia ser moderno, bastava ter uns sons eletrônicos ou umas luzes mais brilhantes que já chamava minha atenção.

Imagine o que foi poder entrar pela primeira vez num Fliperama, era assim que a gente chamava uns salõezinhos decadentes com meia dúzia de máquinas de pinball. Fiquei fascinado com tantos ruídos espaciais (hoje sei que é impossível existir "ruídos espaciais") e as batidas alucinantes daquela esfera refletindo tantas luzes.

Com 8 ou 9 anos, minhas experiências de garoto metropolitano (do subúrbio, claro) limitava-se às primeiras letras em uma escola pública e aos repetidos enlatados de uma velha televisão GE que precisava de um grande e barulhento estabilizador para piscar suas cinzentas imagens à válvula.

Assim, meus grandes heróis eram o garoto perdido no espaço, Will Robinson, Zorro (que também era o Sr. Robinson) e o adorável Sargento Garcia, os viajantes do interminável Túnel do Tempo e, claro, Speed Racer, com o inesquecível patrocínio dos drops Dulcora.

Então, com todo esse imaginário de um garoto criado na frente da TV Tupi, foi fácil me apaixonar pelo primeiro videogame que vi na vida, Space Invanders. O que era aquilo? Uma tela de TV com cores simuladas por faixas de celofane podia gerar imagens manipuláveis por um simples mortal com dinheiro suficiente para comprar uma fichinha? Que invenção fascinante!!! Tão fascinante que até hoje me faz ficar de boca aberta com suas evoluções.

Meu primeiro computador foi um CP-200 da Prológica. Graças a um carnê quitado com meu salário de mensageiro no Banco de Crédito Nacional (nada disso existe mais: "Prológica", "mensageiro" ou "BCN", aliás, até "carnê" está virando informação arqueológica em tempos de cartão de crédito). Sabe qual era a graça daquele troço? Nenhuma!! O kit trazia um computador que era um teclado esquisito para ser ligado na TV, cabos e um livro de programação em BASIC. A graça era aprender a programar, seguir os exercícios do livro e entender sozinho como funcionava a lógica da máquina. Perdi noites quebrando a cabeça com aquilo.

Depois meu conhecimento sobre as máquinas foi avançando conforme elas mesmas evoluíam, até chegar aos modernos quad core atuais. Qual a vantagem disso? Nenhuma!! Só dá pra contar história. Qualquer moleque esperto consegue dominar um PC robusto, sem precisar saber como era difícil salvar um arquivo numa fita K-7 usando um gravador da National.

Desculpe, sei que esse papo todo tá cheirando a naftalina, mas tudo isso é só pra explicar o meu nick e dar um pouco de sentido a esse blog que pretende comentar um pouco sobre tudo: tecnologia, videogame, fotografia, fórmula 1 e blá, blá, blá.

Se você reconheceu alguma coisa que falei até agora, seja bem-vindo. Mas se você acha que esse papo todo é estranho e sua lembrança mais remota é da turma do Chaves no SBT, também pode ficar à vontade!!!

Comentem!! Tenho certeza que poderemos trocar ótimas experiências.

Velhão