Eau Rouge - Spa

shift Não é a toa que a pista preferida da maioria dos pilotos é a de Spa-Francorchamps, curvas alucinantes em alta velocidade. Para quem pode e não é piloto, há a possibilidade de fazer um curso de pilotagem no circuito, para mim, só se conseguir emplacar a sena do ano novo.

Para a minha realidade, consigo me contentar com os videogames, agora com Shift estou curtindo o antigo circuito, sem tantas áreas de escape e com a velha Bus Stop.

Mas a mais emocionante é a Eau Rouge, o desafio é mergulhar em alta velocidade, disputando lado a lado sem tirar o pé, ops, o dedo do botão do controle que faz acelerar.

Quem sabe um dia eu venha a conhecer essa curva de verdade, por enquanto, estou curtindo com Shift.

http://www.spa-francorchamps.be/en07/home/index.php

Marvel Ultimate Alliance 2 - Nosso presente

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Um dos meus presentes de Natal foi uma cópia de Marvel Ultimate Alliance 2 para o PS3, aliás, um presente que meu filho tratou logo de se apoderar, dizendo que era “nosso” game.

Não é um título que compraria para mim, mas certamente compraria para meu filho, já que o garoto é fã do universo Marvel. Tá bom, assumo minha culpa, afinal, acho que fui bem influente nisso, comprando revistas, levando-o ao cinema para curtir os heróis em ação e, claro, oferecendo vários games e bonecos, principalmente sobre Spiderman. Tá bom, também assumo que ofereci minha inestimável coleção de gibis para que ele também pudesse ver os traços do passado. Tá bom, assumo, sou fã do universo Marvel e quem me deu o presente me conhece desde criança, minha querida irmã.

A lembrança que trago no coração sobre o Natal é aquela tarde ensolarada, quando todos os adultos da casa dormem empanturrados com o almoço farto e as crianças vão para a rua desfilar seus brinquedos novos. Bicicletas reluzentes com rodinhas novas. O videogame diminuiu esse movimento infantil nas tardes de natal. Agora é comum ouvirmos crianças dusputando espaço com o Playstation na sala, a bicicleta perdeu o título de melhor presente. Sinal dos tempos.

Me livrei do celofane, abri a caixa, tirei o disco e coloquei direto no aparelho, uma atualização e a tela se abre com uma equipe de heróis correndo pelas ruas da Latvéria, Homem-Aranha, Wolverine, Homem de Ferro e Capitão América, uau, nada mal! Até quatro jogadores podem jogar ao mesmo tempo, num modo cooperativo. Perfeito para curtir com meu filho. As fases não oferecem grandes dificuldades, mas são interessantes, principalmente jogando em boa companhia como a minha, fica mais divertido poder assumir o papel do personagem preferido e poder ir para o pau, descarregando poderes especiais e com a novidade de poder combinar os poderes com os outros heróis, por exemplo, Wolverine pode refletir com suas garras de Adamantium os raios emitidos pelo Homem de Ferro e, assim, derrubar vários inimigos num único golpe. Bem legal! Depois, aos poucos, outros heróis vão aparecendo no menu de opções, até alguns conhecidos apenas pelos mais aficcionados, como Punho de Ferro.

O roteiro segue alguma série especial da Marvel, com certeza mais atual do que o tempo que lia gibis, mas tem algo a ver com uma guerra civil que dividiu os heróis. Um lado liderado pelo Homem de Ferro defende que todos os heróis devem ser registrados pelo governo , revelando suas identidades. Outro lado, liderado pelo Capitão América, não aceita essa imposição e se rebela. Claro que optei pelo lado rebelde.

Jogando no modo intermediário, as fases não são difíceis, mas não é um game para jogadores hardcore, mas um game para fãs e, visto assim, o melhor é relaxar e curtir as fases, descarregando todos os poderes possíveis a cada tela.

O resumo é que como todo bom game, Marvel Ultimate Alliance 2 é um acelerador de tempo. Com ele as horas passaram muito rápído e só não continuei porque outras coisas exigiam minha atenção. Mas ainda melhor foi poder curtir essas horas ao lado do meu filho, num momento inesquecível para os dois. Como ele disse, nosso presente de natal.

Shift!

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Quem adora videogame e automobilismo geralmente gosta de jogos de corrida. Mas o que geralmente as pessoas que estão fora desse universo não sabem é que os diferentes games de corrida são muito diferentes entre si. Ou seja, um game de corrida vai muito além da visão de um carrinho movimentando-se para as laterais e desviando de obstáculos trazidos por uma pista que se movimenta de cima para baixo, esquema popularizado pelo bom e velho Enduro no Atari.

Os games atuais têm recursos que atraem desde os pilotos que não saíram da fase “Enduro” até os que se acham profissionais, possibilitando ajustes finos que existem nas pistas reais como acertos de asas aerodinâmicas, cambagem de pneus, mudanças finas na relação de marchas, suspensão, freios, enfim, um paraíso para os entusiastas de engenharia mecânica, além, de perfumarias no visual do carro, como pinturas, rodas, faixas e outros itens importantes para os que adoram carros tunados.

Mas apesar de oferecer uma variedade enorme de recursos, cada título tem sua particularidade, alguns dedicam-se apenas a uma marca, outros trazem informações reais de vários fabricantes, com um preciosismo extremo da simulação da pilotagem real. Outros investem na diversão do jogador, oferecendo capotagens, saltos e batidas cinematográficas, torcendo o nariz dos fabricantes que odeiam ver seus carros destruídos, ainda que num videogame.

Gosto de me divertir, mas dentro desse universo prefiro os games mais técnicos, chego a lamentar quando num descuido arrebento a frente do meu carro virtual. Por isso estão entre os meus títulos preferidos Forza Motorsport, Toca (todas as versões), Grid e, claro, Gran Turismo. Mas nunca deixei de dar uma olhada nas diferentes versões de Need for Speed, série mais popular que apostou em grandes perseguições e batidas fantásticas na maioria das suas versões, aliás, cheguei a gastar muitas horas com Underground, lembrando muito Velozes e Furiosos.

O fato é que contrariando um amigo fã da série, nunca gostei muito do que NFS tinha a oferecer, até que conheci a última versão, Shift, primeiro no PSP e depois no PS3.

Shift foge do esquema polícia e ladrão e vai para as pistas, focando no realismo dos carros, num nível de simulação que beira à perfeição, chegando até a reproduzir as reações da visão do piloto, embaçando ou escurecendo a tela, de acordo com a velocidade ou batida, num detalhamento gráfico de abrir a boca e não fechar até escorrer a baba. A franquia, dessa vez, ficou a cargo do estúdio Slightly Mad Studios, trazendo no currículo grandes títulos como GTR2 e GT Legends.

Não precisei de muito tempo para virar fã. O game, além de tecnicamente perfeito, instiga o jogador a buscar sempre a melhor performance, repetir até atingir o melhor tempo, além de um ótimo esquema multiplayer que funciona muito bem na PSN. Premia a técnica dando pontuação para curvas e ultrapassagens perfeitas, mas também não deixa de considerar aqueles arrojados que saem detonando todo mundo com pancadas espetaculares, não podia ser diferente, afinal, ainda é um NFS.

Seguindo outros títulos da EA, NFS Shift também tem um site dedicado onde é possível postar fotos personalizadas do game e trocar informações com outros jogadores.

Enquanto Gran Turismo 5 não chega, Shift não sai da bandeja do meu PS3.

A volta do Alemão

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Tanto tempo que não posto alguma coisa nesse blog. Tantos motivos, falta de inspiração, enfim. Mas a notícia da volta do heptacampeão abalou tanto que até me tirou da inércia.

Talvez o retorno seja equivalente à volta de M. Jordan no basquete, atraia os patrocinadores, movimente o mercado e, finalmente, não mude muita coisa. O cara consegue ter alguma diversão às custas do grande movimento publicitário, mas no final acaba fazendo número.

Mas será que Schumacher sairia da aposentadoria sem estar competitivo? Duvido. Considerando que é um grande campeão e que adora vencer corridas, sua volta não é apenas um desfile midiático. Só para lembrar, no desafio das estrelas, competição de Kart patrocinada por Massa e vencida por ele, todos os relatos destacavam a forma cuidadosa com que Michael acertava seu equipamento, procurando sempre a evolução para conseguir o melhor tempo. O cara é assim, perfeccionista, tem prazer em ser o melhor.

Aliado à Mercedes Benz que jamais voltaria sem a certeza de reviver as vitórias da flecha de prata e ao Brawn, seu estrategista e parceiro, o alemão será o grande protagonista do campeonato. Sua primeira vítima já tem nome, Nico Rosberg, uma estrela interrompida que deverá se contentar com o papel de simples coadjuvante. A lista deverá aumentar, Alonso será o grande derrotado.

Jogos de PS3 - made in Brazil

Todos já sabiam que a Synergex passaria a produzir jogos de Playstation na zona franca de Manaus e que já estavam disponíveis nas lojas. Mas apesar de SJC estar praticamente colada a São Paulo, as novidades demoram um pouco pra chegar por aqui.

As mesmas lojas de games que costumo frequentar continuam com os preços de lançamentos importados de PS3 na faixa de R$200 a R$230, com alguns títulos mais batidos custando na faixa de R$150, alguns europeus. Levando em conta que um lançamento nos EUA não custa mais que 60 dólares, paga-se aqui o dobro por um mesmo produto.

Mas parando na vitrine de uma loja de PCs me surpreendi ao ver Tomb Raider: Underworld, Fear 2 e Lego Batman para PS3 a R$115, com um detalhe, capa e manual totalmente traduzidos para o português. De cara pensei que podia ser algum engano do vendedor ou alguma pegadinha, procurando letras miúdas que indicassem ser 2X de 115. Mas não, era esse preço mesmo.

Então, apesar dos títulos disponíveis não serem exatamente uma novidade, fiquei muito contente por ver que finalmente estão levando a sério o público consumidor de games no Brasil.

Claro que muitos vão dizer que ainda preferem a importação direta, mas esse esquema é para poucos. Entre optar pela importação direta e poder pegar vários títulos na loja, sem canseira e despesas com frete, parcelando no cartão em quantas vezes for possível, sou mais a 2ª opção.

Ah, tem sempre a turma que prefere a pirataria. Eu, sinceramente, sempre fiquei no maior impasse entre desembolsar uma fortuna com um original e encher meu saco com um pirata.

Quando tinha o X360, cada vez que trazia um jack pra casa, botava no leitor e dava pau antes de carregar a primeira tela, xingava muito, pior se travasse no meio de uma fase. O sujeito da loja trocava, mas e o tempo e o transporte de voltar até lá? A chateação e o risco de destruir meu aparelho? Cansei de dar dinheiro para esse cara, um criminoso que só tem lucro e nada devolve para a sociedade.

Agora, com suporte oficial e um preço relativamente justo, finalmente sinto-me respeitado. Sinceramente espero que a indústria de videogames consiga efetivamente chegar ao Brasil, apesar dos altos impostos e da cegueira do governo, vencendo a pirataria.

Envelhecer

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Estou nesse momento ouvindo o novo CD de Arnaldo Antunes, Iê Iê Ie.

Falar da genialidade do cara é desnecessário, legal é curtir e deixar suas palavras entrarem pelos ouvidos e não saírem mais. Adorei todas as faixas, mas coloquei Envelhecer para repetir até decorar a letra. Vale muito!

Para ouvir, clique na capa do álbum acima e dê play no link do Rádio UOL, não encontrei outro jeito mais fácil, ninguém colocou no YouTube.

A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer.

A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer.

Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer.

Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer.

Não quero morrer pois quero ver como será que deve ser envelhecer.

Eu quero é viver pra ver qual é e dizer bem a tu (?) o que vai acontecer.

Eu quero que o tapete voe no meio da sala de estar.

Eu quero que a panela de pressão pressione e que a pia comece a pingar.

Eu quero que a sirene soe e me faça levantar do sofá.

Eu quero por Rita Pavone no ringtone do meu celular.

Eu quero estar no meio de um ciclone pra poder aproveitar e quando eu esquecer meu próprio nome que me chamem de velho gagá.

Aa Aa Uu Uu Uu

Ser eternamente adolescente nada é mais demodê

Com os ralos fios de cabelo sobre a testa que não para de crescer

Não sei porque essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender.

Felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai correr

Não quero morrer pois quero ver como será que deve ser envelhecer…

A queda do capo

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Acaba de sair a notícia da queda de Flavio Briatore, após o escândalo da manipulação de resultados detonado pelos Piquet.

A princípio, uma empresa como a Renault nunca mancharia a reputação da sua marca com tramóias e armações, colocando em risco os valores que construiu durante décadas. Se está no esporte é para alavancar as vendas dos seus carros e para isso, precisa de resultados positivos, dentro e fora das pistas. Após tamanho escândalo, a demissão dos líderes da armação era a atitude mínima que poderia tomar. O prejuízo sofrido é tão grande que antes, sob a desculpa da crise financeira internacional e a falta de resultados, poderia sair da categoria sem grandes consequências para sua imagem, hoje, precisa garantir sua continuidade e investir ainda mais para que os futuros resultados positivos lavem até os últimos respingos da lama que Briatore deixou.

Apesar de nada justificar o que os comandados da Renault fizeram, incluindo Nelsinho Piquet, tão culpado quanto o arrogante italiano, penso que o brasileiro só ultrapassou o limite da ética por reconhecer sua incompetência diante da imensa pressão por um bom desempenho. Tentava convencer-se que não recebia o mesmo equipamento, mas no fundo sentia que não podia corresponder ao que se esperava de um piloto de fórmula 1. Envolver-se em tamanha maracutaia mostra o quanto estava abalado naquele momento.

Porém o abalo emocional não o livra da culpa. Alguns o defendem dizendo que precisou de coragem para fazer a denúncia e escancarar seu erro. Mas fazer isso somente depois de sua demissão não abona sua falta, ao contrário, só expõe ainda mais sua falta de inocência, sua fraqueza moral.

O principal mau caráter da história foi o Briatore. Contratou o piloto enquanto chefe da equipe e, ao mesmo tempo, era seu manager, funções que para mim são incompatíveis. Como um rolo compressor esmagou psicologicamente seu comandado e destruiu sua carreira para sempre, pôs em risco a vida do piloto a de todos os outros participantes (lembram o que uma mola fez com Felipe Massa? Imaginem o risco de todos os pedaços da Renault espalhados pela pista), só para conseguir um resultado positivo e aliviar a pressão sobre si mesmo. Quando descoberto, apelou para a mais baixa e ridícula defesa, acusando a homossexualidade do seu oponente, o que não interessa a ninguém.

Não deve ter sido a única atrocidade cometida na sua busca por resultados, um criminoso aprende sua arte aos poucos e aumenta suas apostas à medida do sucesso dos seus crimes. Muita coisa deve ter ficado para trás. Espero que seja a última.

Duro é saber que sua cela será um iate acompanhado de uma bela mulher e de uma taça de champanhe.

Peixinhos

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Frases prontas, ditados populares, muitos conservam a sabedoria coletiva, outros são grandes idiotices.

Um dos que sempre ouvi foi “Filho de peixe, peixinho é”. Esse, sem dúvida, se encaixa na segunda categoria, afinal é de um determinismo cruel. Muito triste uma criança sentir-se obrigada a seguir os passos do pai e, pior, ser comparada a ele.

A muito tempo vi uma entrevista com Emerson Fittipaldi na TV Bandeirantes, no auge do sucesso que o piloto experimentava na Fórmula Indy. Visivelmente constrangido, o campeão respondeu sobre seu filho mais velho, quase lamentando o fato do rapaz se desinteressar pelas pistas e ter optado por outra profissão, acho que designer, ou qualquer outra coisa que na época me pareceu boiolice, afinal, não podia aceitar o fato de um cara rejeitar uma carreira automobilística, sonho que ainda vivia, mas que só pude fingir alguma satisfação nos videogames. Hoje, penso que esse Fittipaldi Kid teve uma sábia decisão, deixando o peso do sobrenome para o primo Christian embaçar.

Apesar da crueldade da inevitável comparação, muitos filhos de famosos insistem em seguir seus papais. Se o sucesso fosse transmitido geneticamente, com alguma melhoria, seria ótimo, mas a realidade é bem diferente. Poucos são os exemplos de superação, agora, de cabeça, só consigo me lembrar da Débora Bloch. Fernanda Torres chega perto, mas não supera a mamãe.

No último domingo, durante a transmissão do GP da Bélgica, Reginaldo Leme solta a bombática notícia sobre a investigação do incidente do Piquet pimpolho em Cingapura. Se confirmadas as suspeitas, Nelson Angelo fez uma cagada gigantesca, participando de uma fraude que manchará para sempre sua trajetória no esporte. O velho Piquet jamais aceitaria isso, provavelmente mandaria o chefe enfiar o carro no rabo. Mostraria no asfalto, como mostrou, ser melhor que qualquer piloto que estivesse ao seu lado. Se o que dizem é verdade, deve ter sofrido com tanta decepção.

Hoje, ao abrir o UOL vejo Sean Lennon imitando a famosa pose dos pais. Talvez a melhor contribuição que o filho de  Lennon deu para a música foi a inspiração para a belíssima canção “Beautiful Boy (Darling Boy)”, involuntária. Agora, com a pose, teve pelo menos o bom senso de trocar de posição, expondo a namorada. Ainda bem.

Não esqueçam da gripe

Após o retorno das aulas a impressão que ficou para a maioria das pessoas é que o problema da gripe suína passou, como uma onda ou uma marolinha. Como se o fim de um problema pudesse ser decretado numa canetada.

Não é bem assim, aliás, muito pelo contrário. Agora é que o problema passou a se agravar. Qualquer escola pública tem recebido diariamente várias mães trazendo licenças médicas de crianças com gripe, identificado pelo CID J11.

A Vigilância Epidemiológica orientou os diretores a informar todos os casos, mas não esperava receber planilhas tão cheias. Apesar das quantidades informadas ultrapassarem muito o que é considerado pandemia, os responsáveis pela saúde insistem num discurso impreciso, afirmando que entrarão em contato com as famílias para fazer exames e comprovarem o problema. Então, considerando a morosidade do serviço público e a falta de vontade política para tomar alguma atitude que possa vir a prejudicar a economia da cidade, duvido que tomem uma atitude radical e necessária.

Para garantir as caixas registradoras dos lojistas, arriscam a vida de pessoas inocentes, escondendo-se como avestruz.

Windows 7

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Parece que dessa vez a Microsoft acertou a mão num novo Windows. O sétimo sistema Windows lançado pela empresa deverá apagar a decepção gerada por seu antecessor, Windows Vista, da mesma forma que o Windows XP deletou da memória de todos o ridículo Windows Me.

A versão RC (Release Candidate), disponível para quem se cadastra no site da empresa, mostra que a Microsoft se esforçou para construir um sistema leve e estável, mas com um visual bastante caprichado, cheio de transparências e efeitos, além de recursos bastante intuitivos que facilitam muito as operações a que todos estão acostumados. Só para citar um exemplo, agora é possível abrir toneladas de janelas, sem ficar perdido procurando-as depois na barra de ferramentas. Cada programa aberto gera um ícone na barra e, basta apontar o mouse em cada ícone para visualizar mini janelas das várias páginas do mesmo programa.

O novo Windows Media Player ganhou ainda mais destaque no novo sistema, agora ele concentra todos os arquivos de mídia (filmes, fotos, músicas, rádio e TV), com efeitos visuais atraentes, incluindo uma linda apresentação de fotos durante a execução das músicas.

O processo de instalação está bastante simplificado. No meu caso, instalei num segundo HD da máquina e nem precisei gastar neurônios, bastou selecionar o diretório de destino para o programa instalador fazer todo o resto, incluindo a instalação de um programinha inicial para escolher qual o sistema operacional desejado, da mesma forma como já funciona com as distribuidoras de Linux. Aliás, nesse HD, eu já tinha o Ubuntu instalado que foi respeitado pelo Windows 7, deixando-o disponível no menu de seleção de sistemas.

Depois de instalado, nenhuma dificuldade, uma rápida atualização deu conta dos drivers da máquina, além do suporte para português do Brasil.

Agora é só curtir enquanto o sistema estiver operacional e juntar os trocados para comprar o pacote Ultimate quando for lançado oficialmente.

Detalhe: Estou blogando com o Windows Live Writer, simplesmente perfeito.

O pescoço do alemão


A expectativa criada a partir do anúncio do retorno do alemão ao campeonato de F1, substituindo Felipe Massa, foi enorme, todos queriam rever o craque das pistas dando show num carro sem controle de tração e com o kers.
A decepção por causa do pescoço dolorido foi maior ainda. Uma brochada global.
Mas será que foi só o pescoço? Rubinho nem precisou gastar os 140 toques do Twitter para lançar a dúvida. Muitos o criticaram, julgando-o por mágoas passadas.
Reginaldo Leme, na sua coluna, diz que o problema foi o capricho do heptacampeão que se negou a entrar na pista sem testar o F60. Pode ser.
Penso que se o cara colocou-se à disposição da Ferrari, treinou com o F2007 e entrou em forte esquema de preparação física, sabendo que o pescoço estava machucado desde o começo do ano, acreditava nas suas plenas condições de corrida.
Considerando a trajetória de Schumacher na F1 que sempre fez questão de correr com todas as chances de vitória antes da largada (incluindo o melhor companheiro de equipe, bom acertador de carros e obrigado a ceder a posição), concordo com o jornalista, entrar na pista sem testar o F60 e, portanto, sem poder apresentar uma ótima performance, causou um peso insuportável no seu pescoço.

Filhote teclando no YouTube




Fã de Homem Aranha, cantarola a música que embala um momento do herói no segundo filme desde que assistiu pela primeira vez. Fez questão de aprender e mostrar para todos.

Para mim, Raindrops Keep Falling on My Head sempre lembrará um dos momentos mágicos do cinema, com Paul Newman evoluindo numa bicicleta.

Telecine na Telefonica TV Digital

Uau!! Acabei de ligar a TV e quase caí pra trás quando vi os cinco canais Telecine na Telefônica TV Digital.
Sou assinante desde que apareceu o Você TV e tive que ter muita paciência com todos os problemas iniciais do sistema de TV da operadora espanhola, desde a baixa resolução do sinal que dava uns blocos insuportáveis, principalmente nos canais de desenho animado, até nos problemas de falta de sincronia das legendas.
Falta muito para a perfeição, mas depois de 3 anos, dá pra notar que a qualidade da imagem melhorou bastante, longe do ideal na LCD, mas perfeita na CRT. As legendas foram corrigidas com rapidez, mas até hoje os botões do controle para selecionar os diferentes idiomas de áudio são inúteis. A qualidade do som sempre foi sofrível e a qualidade do receptor, péssima, com um software fraco.
O pacote de canais é atraente, com preços muito competitivos, comparado com a Sky. A HBO é legal, mas dava uma inveja danada de quem tinha Telecine, principalmente vendo os outdoors espalhados pela cidade, agora, para ficar perfeito, só falta colocarem Universal Channel, Megapix e Canal Brasil, sem aumentarem o preço, claro.

Adeus, minha velha TV



Desde a minha infância o aparelho de TV foi o centro das atenções da minha casa, da minha família. Também adoro livros, mas nunca escondi minha preferência pela TV, com ela completei minha formação cultural, pop, nerd, de um filho de família suburbana e operária da Grande São Paulo.


A primeira, uma enorme TV GE a válvulas, emoldurada numa madeira clara de fino acabamento tinha um enorme seletor de canais, duro e barulhento a cada mudança, que praticamente nos obrigava a alternar apenas entre os canais 4 e 5, TV Tupi e TV Globo. Quando me aventurava a girar um pouco mais o seletor, ouvia a bronca da minha mãe de longe: - Para de mexer nessa TV, senão vai acabar quebrando! Pouca gente sabe ou lembra, nessa época ligar uma TV era uma operação complicada que exigia uma certa paciência. Primeiro era preciso ligar o estabilizador de voltagem, equipamento que nos acompanha até hoje nos computadores, mas que na época era uma caixa de ferro pesada com um enorme mostrador analógico que lembrava um painel de avião, para ligá-lo era preciso girar um seletor duro que fazia um barulho seco, tlec, seguido de um zumbido, óinnnnnn, que silenciava aos poucos. Ao ligar a TV, a tela arredondada e esverdeada nunca acendia de uma vez, primeiro surgia um ponto de luz branca no centro que se abria gradativamente, depois, quando a luz enchia a tela e o som enchia os ouvidos, era preciso mais um pouco de paciência para girar os botões de vertical e horizontal até acertar a imagem, no clássico preto e branco.


Esse aparelho nos acompanhou por muito tempo, mesmo depois de surgirem os de transistor e os coloridos, meu pai insistia em mantê-lo e, quando uma válvula queimava ou apresentava algum problema, chamava sempre o mesmo técnico, um senhor de óculos com aros grossos que virou uma visita tão constante que parecia da família, lembro da primeira vez que esteve em casa, jovem animado com os cabelos pretos e o corpo esguio. Na última, sua cabeleira estava branca e, no alto da sua coluna encurvada, decretou: - Seu Braz, a muito tempo que não aceito mais esse tipo de TV na minha oficina, continuo consertando a sua por causa da amizade, mas estou cansado, além do mais, está muito difícil encontrar peças para ela, dessa vez tive que revirar as prateleiras empoeiradas de uma velha loja da Santa Ifigênia. Da próxima vez que ela quebrar, melhor jogar fora e comprar uma nova.


E foi assim, depois da última quebra, que meu pai finalmente concordou em comprar um novo aparelho no Mappim que, às vésperas da Copa da Espanha em 1982, anunciava a todo instante a nova TV Mitsubishi, novidade no mercado que dava garantia até a copa seguinte. Um salto, a nova TV menor e mais leve era colorida e não trazia mais aquele enorme seletor de canais, aliás, tinha até um controle remoto com fio, mas o incômodo daquele cabo atravessado na sala determinou o isolamento do acessório numa gaveta qualquer. Essa japonesa despertou uma nova paixão no meu pai. Resistiu o quanto pode, mas acabou trocada por uma 29" da mesma marca, isso a mais de 15 anos e se mantém até hoje, apesar da nossa insistência diante das cores opacas nas visitas dominicais.


Como podem ver, acompanhei a evolução tecnológica dessa maravilhosa invenção desde os primórdios. Gosto tanto que na minha pequena casa, só não tenho TV nos banheiros, ainda, porque não inventaram uma que consiga sobreviver à umidade do chuveiro. Mas esse último salto tecnológico não está me deixando tão animado, pelo contrário, vejo com certa tristeza a forma com que todos estão abandonando os velhos tubos pelos monitores LCD.


Dois anos atrás, explorei os limites do meu cartão de crédito por uma LCD de 32", entusiasmado com a possibilidade de assistir imagens muito mais nítidas no conforto do meu sofá. Infelizmente o resultado só foi animador nos filmes em DVD, mas o sinal analógico da minha cidade e a baixa resolução da minha operadora jogaram um balde de água gelada nas minhas expectativas. Só não trouxe a velha 29" de volta para a sala por insistência da família. Desde então, pouca coisa mudou, além do preço que despencou, aumentando meu arrependimento. Os programas continuam esticados para os lados, deixando as figuras baixinhas e gordinhas. A definição parece borrada.


Na semana passada, a linda LG 21" tela plana do quarto do meu filho abriu o bico, sei lá por qual motivo, deu umas piscadas e apagou deixando um forte cheiro de queimado. Fiquei surpreso, afinal, não era um aparelho velho, tinha no máximo uns 3 anos e meio, nova se comparada com a Semp de 10" da cozinha que tem uns 15 anos e com a Samsung 29" que tem uns 13. Nunca vi as LG com muita simpatia, por isso, ao invés de arriscar em mandá-la para o conserto, resolvi comprar uma nova.


Nas lojas, me surpreendi com a empolgação das pessoas pelas enormes telas de LCD. Considerando que moro no interior de São Paulo, onde a nova TV Digital é uma promessa de apenas um canal, possivelmente para a Copa de 2010, me parece um desperdício gastar com um aparelho de alta definição para receber um sinal de baixa definição. Não acredito que todos os empolgados compradores estejam cientes dessa condição, já que os lojistas insistem em demonstrá-las reproduzindo imagens de aparelhos de DVD de alta definição e duvido que planejam adquirir um pacote de TV paga em HDTV.


As TV's de tubo, lindas e perfeitas com sinal analógico, a nossa realidade, estão relegadas aos cantos empoeirados, como ponta de estoque. Os fabricantes vão abandonando o formato aos poucos. Sony e Panasonic não as produzem mais. A fábrica de tubos da Philips fechou as portas. Os poucos disponíveis são do tipo Slim, menores, mas com poucos recursos. As CRT que chegaram a ser lançadas com alta resolução (até 1080i) desapareceram, recursos como o PIP (Picture in Picture) obrigatório nos modelos sofisticados, além de potentes alto-falantes, não existem mais. Tive que me contentar com uma Samsung 21" com acabamento em Black piano, provavelmente um saldo de estoque da loja, já que o modelo mais novo tem um acabamento pior, num prata e preto fosco. Apesar de ser uma marca que confio, não acredito que durará muito, dá a impressão de ser um aparelho descartável.


Nos quase 60 anos de televisão no Brasil, o aparelho passou por grandes transformações, principalmente nos últimos 30 anos, muitas foram bem-vindas, mas o fim das TVs de tubo agora, me parece precoce e triste, vítimas do engodo imposto pelos fabricantes.

Video explicativo, vale a pena

Uma suposição especializada, bem convincente, que ilustra o ponto de impacto da mola no capacete de Felipe Massa. Vale a pena conferir.

Assisti e adorei


Quem viveu os anos 70 e 80 certamente conheceu a tripulação da nave Enterprise que reunia representantes das diferentes culturas da Terra, acompanhados de um enigmático ser, meio humano e meio extraterrestre. Numa época em que o mundo estava dividido entre capitalismo e socialismo, com a guerra fria e a constante ameaça de uma catástrofe nuclear, vislumbrar um futuro em que a humanidade havia superado todos os seus conflitos e partia para uma missão de exploração nos confins do universo, onde ninguém jamais esteve, como dizia o diário do capitão, gerava no expectador uma sensação de que ainda havia uma esperança, que o futuro poderia não ser tão caótico e que a humanidade evoluiria, superando todas as adversidades e diferenças.
As aventuras do capitão Kirk, acompanhado de Spock, Scott, McCoy, Uhura, Chekov e Sulu foram um sucesso, mas foram perdendo expectadores com o tempo, seja por falta de bons roteiros, seja por desinteresse do grande público. Os atores envelheceram, alguns morreram e deixaram saudades.
Vieram outras séries baseadas no mesmo tema, narrando histórias de outras tripulações da Enterprise, em datas estelares diferentes, mas nenhuma teve o mesmo impacto e o carisma da tripulação liderada por Kirk e Spock.
Hoje, em pleno século XXI, ainda estamos muito longe do futuro previsto pelo idealizador de Star Trek, talvez estejamos vivendo conflitos ainda piores e mais ameaçadores, mas a ficção científica já não atrai tanto como antes. Um filme recheado de efeitos especiais ficou comum, por isso não dá para citar os maravilhosos efeitos de som e imagem como motivos para ir ao cinema.
O principal argumento para ver Star Trek é a emoção de rever os queridos personagens, encarnados em outros atores, mas com a mesma graça, numa história envolvente e empolgante, como era nos bons tempos da série.
Para os mais jovens, também é um ótimo programa poder conhecer um dos ícones da cultura dos seus pais e curtir uma deliciosa aventura, com muita pipoca lambuzada de manteiga.Vida longa e próspera.

Resultado Bahreiniano

Apostei que a Toyota dominaria no Bahrein, dancei. A equipe japonesa tem ainda muito que aprender na hora de definir uma estratégia de corrida. Largou na frente com carros leves e não mostrou consistência na pista. O resultado, 3º para Trulli e 7º para Glock, é muito melhor do que vinham conseguindo, mas está longe de refletir o que os japoneses investem nesse time.

O que aconteceu com Vettel? Era o pole virtual da corrida, largando em 3º e mais pesado, portanto, favorito à primeira colocação. Caiu para 5º na largada e fez uma corrida normal, talvez o máximo que a Red Bull poderia render, chegou em 2º, agora com um ponto a menos que Barrichello na disputa dos pilotos, mas distante 13 pontos de Button. Com a chegada da fase européia e os novos pacotes aerodinâmicos prometidos pelas grandes equipes, não deve ser nesse ano que será campeão.

Button atropelou Barrichello, depois deu ré e passou por cima de novo. Foi para o treino com maior peso e largou na frente do brasileiro. Alcançou a 3ª posição depois das duas primeiras voltas e conquistou a primeira posição virtual da corrida, contando com as paradas antecipadas da Toyota. Daí foi seguir a estratégia de Ross Brawn e conquistar a terceira vitória em quatro corridas. Efetivou sua posição de primeiro piloto.

Barrichello leva mais uma vez o troféu garganta de ouro, disse que era melhor que Button e que teria condições de dominar o campeonato, mas depois das quatro primeiras corridas já se consagra mais uma vez como segundo no time. Não adianta chorar. Aliás, o que foi aquela reclamação em cima do Piquet? Numa disputa por posição queria que o ainda piloto da Renault abrisse a posição? Quem ele tá pensando que é?

Hamilton mostrou que a McLaren evoluiu muito desde a primeira corrida, chegou em 4º beneficiado pelo erro de estratégia da Brawn com Barrichello. Saiu no lucro.

Raikkonen destruiu qualquer chance de corrida de Felipe Massa, mas foi bem, largando em 10º e chegando em 6º, livrou a Ferrari de uma vergonha histórica, acalmando os ânimos em Maranello.

Alonso chegou em 8º com seu Renault Logan, o máximo que o carro poderia render.

Os outros brasileiros:

Massa, coitado. Arrebentou o bico no sanduíche entre Raikkonen e Barrichello e só teve carro para fazer uma bela disputa de curva com Fisichella, numa Force India. Lamentável o rendimento de sua Ferrari. Pelo menos foi até o final da corrida.

Piquet, depois do erro na volta da Q2 que lhe rendeu a 15ª posição no grid, não tinha muito o que fazer. Ganhou importantes posições na largada e cumpriu a estratégia conservadora de quem larga atrás: tanque cheio e torcer por muitos abandonos. Apareceu na transmissão só quando segurou Barrichello, cumprindo sua obrigação de defender a posição. Não foi bem, mas foi sua melhor participação em 2009, não rodou à toa.

Palpites Bahreinianos

Acreditava que a Brawn GP tinha tudo para dominar todos os GP's até a F1 chegar à Barcelona, afinal, não seria possível que as demais equipes conseguissem desenvolver seus carros em tão pouco tempo, mas caí do cavalo, a concorrência chegou rápido.
A Toyota dominou o treino oficial e parece ter fôlego para chegar ao pódio, alguns dizem que está com pouco combustível, pra mim, Trulli deve vencer e Glock pontua mais atrás.
A Red Bull mostrou que tem carro bom para andar também na secura do deserto e não só na chuva, apesar de largar na frente só com Vettel, já que Webber parece ter sido atrapalhado na sua volta rápida, parece ser a Brawn do momento.
McLaren e Ferrari mostraram uma pequena reação, com uma certa vantagem para o time de Woking.

Os brasileiros:

Barrichello admitiu que faltou fôlego a seu carro marca-texto e que esperava uma classificação bem melhor, destacando as dificuldades com o calor extremo. Em 6º, atrás de Button que larga em 4º, dificilmente lutará pela vitória, mas deve pontuar.

Massa fez uma bela classificação, largando em 8º, mas do jeito que o carro estava andando antes é bem provável que tenha conseguido esse tempo com pouco combustível, se terminar na mesma posição, será um tremendo lucro.

Piquet chegou bem na Q2, mas pegou tráfico pesado na primeira volta lançada e errou feio na segunda, larga em 15º. Sua voz embargada dizendo "Sorry guys" foi de dar pena. Suas entrevistas mostram que o piloto está mais humilde nas suas declarações, admitindo seus erros, mas se não for bem amanhã, poderá se despedir da F1 em breve, sorry guy.

Chato, chuva na China


Duro sacrificar uma noite de sábado para dormir cedo e poder acordar às 3h50 para assistir a corrida. Ao ligar a TV, carros sob chuva intensa. Largada com Safety Car, estragaram a parte mais emocionante de uma corrida. Com tanta água e spray, as imagens eram toscas, quando a câmera se distanciava, só se via água, mal dava para identificar os carros. Quando a câmera se aproximava, mais água.

Os brasileiros:
Barrichello largou em quarto, atrás dos carros da Red Bull e da Renault de Alonso, os três na estratégia de aparecer bem na classificação, com pouco combustível e queimando o pneu macio que duraria poucas voltas, uma boa estratégia. A chuva não era esperada, pelo menos na largada e beneficiou ainda mais o trio. Para Rubens, restava manter-se bem na pista e esperar os caras entrarem no Box, para correr com pista livre e impor um ritmo mais forte. Mas a chuva mudou tudo. Com problemas de freio, fazia voltas irregulares, liberando Button para ultrapassá-lo. Chegou a andar a quase 20s atrás de seu companheiro. No final melhorou, mas já era tarde. Quando a chuva diminuiu e o trilho se formou em alguns trechos, parecia ser uma boa idéia trocar por pneus intermediários. Rubens foi mais esperto e não trocou os pneus, preferiu continuar com os de chuva forte já desgastados, uma boa opção para aquele momento da pista. Mas o temporal nas 5 últimas voltas tirou sua vantagem e deu sorte em conseguir se manter na posição, na frente da dupla da McLaren. Terceira corrida com problemas de freio, promete mudar o acerto para a próxima. O fato é que pode assumir logo a posição de 2º piloto.

Massa mostrou que é bom de chuva, fazia uma ótima corrida, apesar de ter se classificado tão mal no sábado. Impôs um ritmo forte e fez belas ultrapassagens, mas a Ferrari apagou. Terceira corrida sem pontuar. Claro que a Ferrari é um ótimo time e tem condições para se recuperar, mas dificilmente poderá dar condições de o brasileiro disputar o campeonato. O ano passado foi perdido pelos erros da equipe, esse ano a história se repete, com enredo piorado.

Piquezinho comprova o que todo mundo já desconfiava, não é um bom piloto. Diniz, outro filhinho de papai que resolveu brincar de F1 teve um histórico melhor na categoria. O diretor de TV adorou mostrar as caretas de Briatore a cada *agada cometida pelo pimpolho. O piloto desculpa-se dizendo que não tem o mesmo carro que o piloto espanhol. Concordo, o principal equipamento que o diferencia de Alonso é a peça que segura o volante. Duvido que se mantenha na equipe se não for bem na próxima corrida.

O pódio:
Vettel, primeiro. Webber, segundo. Button, terceiro.

Não há dúvida que o alemãozinho será multi-campeão, fez uma corrida perfeita, partindo de uma ótima estratégia. É do tipo que transforma qualquer equipe em campeã. Sua primeira vitória foi em Monza em 2008, sob chuva, com uma Toro Rosso, ex-Minardi. Hoje deu a primeira vitória à Red Bull, ex-Jaguar, com um carro de difusor simples e sem Kers, mas desenhado por Adrian Newey, mago dos carros. Segunda vitória, de muitos títulos que estão por vir.

Webber, leão de treino, como diz Reginaldo Leme, mas que dificilmente consegue bons resultados nas corridas. Hoje seguiu a mesma estratégia de Vettel e foi um bom segundo lugar, sem brilho, como sempre.

Button, com o carro sensação da Brawn GP corria para se manter na briga pelo campeonato, não podia arriscar. Passou Barrichello com problemas de freio e fez uma corrida conservadora, não errou e levou a terceira colocação, menos do que o carro poderia render, mas dentro da margem de segurança. Pode ser campeão e salvar a honra britânica, manchada pela mentira do Lorde Sir Hamilton. Simpático, mas que não tem cara de campeão, se conseguir o título, será um dos mais chatos do ano.

Semana que vem tem mais.

Máquina do Mal




Quem não se diverte com as trapalhadas da dupla Dick Vigarista e Muttley? A todo instante planejam uma nova armação a fim de se dar bem e, invariavelmente, quebram a cara.

A McLaren tem cumprido o mesmo papel, mas na vida real, não é nada divertido.

Roubaram informações confidenciais da Ferrari, além de patrocinar trapaças de Nigel Stepney nos carros vermelhos. Quando pegos em flagrante, culparam um único cara, Mike Coughlan, como a mente criminosa. Pelo crime, se deram bem. Perderam os pontos da equipe e levaram uma multa, mas mantiveram os pontos dos seus pilotos que chegaram na etapa final brigando pelo título de 2007.

A última trapalhada é digna da Corrida Maluca. Hamilton ultrapassou Trulli quando o italiano escapou da pista seguindo o Safety Car. Tudo certo. Mas com medo de punição, deixaram o carro da Toyota reassumir a posição. Quando questionado pelos fiscais, Hamilton negou ter deixado o italiano passar, condenando o rival a perder o pódio e os pontos.

Depois, a verdade veio à tona e, quando questionado sobre o motivo da mentira, Hamilton preferiu dizer que seguiu a orientação de um cara que está na McLaren desde a época de Fittipaldi, Dave Ryan, ao invés de assumir a própria responsabilidade e afirmar que foi uma decisão da equipe. Coisa de moleque mimado, sem caráter.

Dave Ryan deve ter levado uma bela quantia, jogando seu nome na lama, mas bombando sua aposentadoria. Deve ter valido a pena cumprir as ordens do chefe, tentando salvar a equipe da própria culpa.

A McLaren mais uma vez mostra-se inescrupulosa. Faz qualquer coisa por um ponto. Suja sua imagem e expõe seus patrocinadores ao ridículo. Quando pega em flagrante, elege um culpado e atira na fogueira.

Hamilton é um bom piloto, merece um título limpo, sem desconfianças, mas insiste em se meter em polêmicas. Como dizem, passou da hora de crescer.

Dia para entrar na história


Está aí, para quem duvidar. O post anterior está datado em 05/03, dia em que foi anunciada a Brawn GP, equipe que surgiu das cinzas da fracassada Honda. Hoje, vinte e quatro dias depois, a Brawn GP faz dobradinha no GP da Austrália, primeira etapa da F1 em 2009. Um feito inédito para uma equipe estreante, sem publicidade e sem apoio oficial de um fabricante. (Em 1954 a Mercedes fez o mesmo, mas a alemã já era gigante, no meio das nanicas. A Wolf ganhou com um carro, na corrida de estreia marcada por quebras dos adversários).

Esse carro é fruto do desenvolvimento e da atenção total da Honda ao novo projeto, que consumiu todo o tempo em 2008, abandonando o carro que penava nas pistas à própria sorte.

O carro é ótimo e se beneficiou por ter recebido o motor Mercedes, talvez se continuasse com os propulsores japoneses não tivesse o mesmo resultado, mas mesmo assim, deve ter japonês da Honda preparando seu Harakiri, por ter abandonado um carro campeão e assumir a vergonha dos carros de 2007 e 2008.

Brawn GP - agora é oficial


Saiu o anúncio oficial da Brawn GP. Tudo confirmado: motores Mercedes e Button e Barrichello nos cockpits.
Sucesso para eles.
Tem até site: www.brawngp.com

Barrichello, o nome certo


Notícia quase oficial, Barrichello assume o último cockpit da F1, do provável Brawn Team. Ross Brawn sabe as dificuldades que enfrentará para fazer sua equipe andar em 2009, por isso trocou o suporte financeiro que viria com o peso do nome Senna pela experiência de um veterano que já sabe todos os atalhos para fazer um carro andar. Por isso, acredito mais na equipe, não por Barrichello, mas pela demonstração de seriedade, de quem quer resultados sólidos e não publicidade fácil.
Alguns diriam que Rubinho não consegue fazer milagres, verdade, mas consegue fazer o possível com o que tem nas mãos. Em 2008 tirou leite de pedra da Honda, chegando a emplacar um pódio, nos anos anteriores teve desempenho melhor que Jenson Button, não teve a mesma sorte do inglês, aliás, a falta de sorte marcou a sua carreira.
O carro da ex-Honda foi desenvolvido sob a supervisão pessoal de Ross Brawn durante todo o ano passado, deve ser um bom carro. O modelo 2008 da Honda era ruim porque não conseguia velocidade em reta, espero que a cavalaria alemã ajude a empurrá-lo com mais força, colocando-o na briga entre as equipes do mundo real, abaixo de McLaren, Ferrari, BMW e Renault. Se andar, a Brawn Team não terá dificuldades para encontrar um suporte financeiro que garanta sua continuidade.
Para Bruno Senna não sobrou muita coisa, provavelmente correrá de DTM com apoio da Mercedes, o que não é pouco. Se voar com os carrões alemães, poderá voltar para a F1, senão, vira forte candidato para a Stock nacional. Uma pena. Aliás, palmas para ele, não mentiu quando negava qualquer acerto com o espólio da Honda, quem mentiu foram as revistas e jornais.

Verdade, mentira, verdade ou mentira?


No primeiro programa Pit Stop de 2009, do UOL, Bruno Senna disse com toda a convicção que seus patrocinadores pessoais, Santander e Embratel, não tinham interesse em patrocinar sua entrada na F1, bancando os custos para fazer a ex-Honda entrar nas pistas.
Segundo ele, o Santander já participa da categoria patrocinando a McLaren e a Embratel estava focada em outros investimentos.
Caso o piloto conseguisse uma vaga, teria que negociar para manter os patrocinadores pessoais somente no seu macacão e capacete.
No entanto, não param de pipocar informações que a equipe irá correr, sob o patrocínio de Embratel e Petrobrás, com Button e Senna nos cockpits. A mais nova foi publicada pelo jornal britânico The Guardian, assegurando que as empresas investiriam 22 milhões de euros.
Claro que é preciso vender jornal, mas não acredito que o The Guardian iria arriscar sua credibilidade numa notícia falsa, mesmo assim, a Petrobrás já negou qualquer tipo de acordo com o piloto e com a equipe de F1.
Onde está a verdade? Difícil descobrir. Pelo jeito, certeza só quando os carros alinharem no grid.

Red Bull Bico Fino


A Red Bull apresentou seu carro hoje e surpreendeu. Diferente da tendência das outras equipes, o projeto de Adrian Newey mostra um bico finíssimo que mal parece ter sustentação mecânica para segurar a enorme asa dianteira, dando a impressão que o conjunto asa/bico vai balançar muito.
Mas claro que é preciso respeitar o talento do projetista que sempre inovou e inspirou vários clones. Se der certo, mais uma vez será uma tendência a ser copiada.
Como disse o Fábio Seixas em seu blog, é bem interessante notar como duas equipes que usam motores Renault optaram por soluções extremas. O time francês lançou um bico larguíssimo que mais parece um carro montado com Lego, enquanto a Red Bull foi para o extremo oposto.
Vamos ver no que vai dar.
Fantástica a animação da Red Bull mostrando as novidades nos carros 2009, com as novas regras, incluindo o Kers, narrada pelo Vettel. Vale a pena conferir.

Filme 120 - Tá difícil


Se o fotógrafo não for exigente, dá pra encontrar com certa facilidade os filmes 135 e sair fotografando despretensiosamente, curtindo o friozinho na barriga na hora da revelação analógica.

Mas se quiser desenferrujar uma boa e velha câmera 6x6 e reviver a delícia de visualizar a imagem no formato quadrado, será preciso uma boa caminhada e ouvido paciente para dar conta das bobagens proferidas pelas atendentes inexperientes.

Em São José dos Campos, saí à caça de um filme 120 por várias lojas e ouvi uma infinidade de absurdos. Numa loja "especializada" de um Shopping, perguntei pelo filme e a moça ficou completamente desorientada, "120? O que é isso? Quantidade de fotos?", em outra loja a atendente nem se deu ao trabalho de ouvir o meu pedido, simplesmente respondeu que não trabalhavam com isso e, quando perguntei onde poderia encontrar, me indicou uma loja de informática.

Comovente foi encontrar um velho japonês, numa pequena loja, abrir o sorriso ao ouvir um freguês pedir um item tão raro. Não tinha o filme, mas me incentivou: "Isso mesmo, fotografia com filme é arte, não deixe essa arte morrer! Fotografia tem que ser elaborada, pensada e não essas bobagens tiradas com câmera digital".

Não posso concordar 100%, também gosto de foto digital, mas gostei de encontrar esse japonês, me incentivou a não desistir.

Hoje finalmente consegui meu rolo de filme 120, na Angel Photo da 7 de Abril, junto com a Conselheiro Crispiniano, o cruzamento virou a Meca da fotografia.

O mais interessante foi notar na caixinha da FujiFilm a origem da fabricação, made in Japan. No país, berço da tecnologia, ainda se valoriza um formato tradicional.

Tchau Gurgel!


Nos deixou, na noite de ontem, um gênio brasileiro. Sua consciência já havia nos deixado a oito anos, vítima de Alzheimer ou da tristeza de ver seu sonho ruir.
João Augusto Conrado do Amaral Gurgel construiu seus carros tendo sempre em mente a inovação, com soluções que os destacassem entre os modelos das grandes marcas.
Antecipou tendências. Quando ninguém pensava em meio ambiente ou energia alternativa, Gurgel construía um carro elétrico. Quando o trânsito não era tão caótico, Gurgel desenhava um carro compacto para as grandes cidades. Quando todos fabricavam carros urbanos, automóveis Gurgel atravessavam estradas de terra e areia, com design off-road.
Como todo gênio, à frente do seu tempo.
Sua empresa faliu, sua marca foi parar nas mãos de um importador de equipamentos agrículas.
Os automóveis Gurgel continuarão circulando ainda por muito tempo, dominando a paisagem na praia e no campo e, nas cidades, ainda é possível ver um BR-800, com mecânica própria, circulando. Um dia, acabam.
Seu exemplo, permanecerá para sempre.

Polaroid ressucita!


No último domingo um empresário austríaco, Florian Kaps, anunciou que voltará a produzir filmes para câmeras Polaroid, reativando a fábrica de filmes da empresa em Amsterdã.

Apaixonado pelas imagens produzidas pela câmera instantânea, Kaps mantém o site Polaroid.net e uma galeria de arte em Viena.

Adorei sua declaração: "O projeto é mais do que um plano de negócios, é uma luta contra a ideia de que tudo tem que morrer quando não cria volume de negócios".

Não sou ingênuo a ponto de imaginar que esse sujeito esteja investindo sua fortuna apenas para satisfazer sua paixão pessoal. É na verdade uma grande oportunidade de negócio, fornecendo suprimentos para os milhares de aficcionados pela câmera espalhados pelo mundo, mas que não constituem uma demanda suficiente para manter uma empresa gigante como a Polaroid.

Esse será o futuro da fotografia com filme, continuará sendo produzido em pequena escala, atendendo a demanda de aficcionados, com preços elevados. Uma pena.

A História das Coisas

Já toquei nesse assunto quando falei sobre a fotografia com filme e a fotografia digital, antes as câmeras eram feitas para durar anos, hoje uma câmera digital de última geração fica obsoleta em pouco tempo, pois sempre haverá uma mais moderna que nos fará infeliz com o que temos. Em se tratando de fotografia, uma bobagem, pois o que importa é a imagem, a arte do fotógrafo.

Acabo de encontrar esse vídeo importantíssimo que devia ser divulgado em todas as redes de televisão e que só não é mostrado porque não interessa às grandes coorporações. Assistam, são 21 minutos que valem muito.



Os espelhos da Ferrari


Ontem a Ferrari apresentou seu novo modelo para 2009, a F60, em homenagem aos 60 anos de participação da Scuderia na F1, ou, como preferem os italianos, 60 anos de disputas pelo título.

Considerando o obedecimento às novas regras da categoria, até que o carro ficou bonito, num estilo retrô.

Mas, pra quem não sabe, esse ano estão proibidos quaisquer penduricalhos aerodinâmicos, evitando aquelas aberrações passadas como a BMW Sauber de 2008. Porém, a Ferrari parece ter encontrado um jeito de burlar a regra, disfarçando os espelhos em asas. O resultado estético é lindo, mas são asas e regras são regras.

Falando em música boa...




Fernanda Takai arrebenta no CD "Onde brilhem os olhos seus", sua voz pop casou perfeitamente com os clássicos da Bossa Nova, os arranjos renovaram as músicas. Imperdível.

Silvia Machete


Silvia Machete
Upload feito originalmente por Tomás Rangel

Estou ouvindo pela primeira vez o CD de Silvia Machete. Adorável! Uma voz deliciosa, músicos de primeira, ótimas canções.
Pelas fotos, dá pra sacar que o show dela é um espetáculo.

Todos os créditos para Tomás Rangel, autor da foto, entrem no Flickr (clique na foto) para visualizar o álbum completo.

Aquário de São Paulo


Peixe
Upload feito originalmente por Velhão

O espaço é novo, fica no bairro do Ipiranga-SP, por isso muita gente ainda não conhece. Aproveite as férias e o trânsito tranqüilo dessa época para conhecer melhor a cidade.