Adoro rádio!

Adoro rádio!
Escrevi várias frases para começar esse post, mas a que ficou, com apenas duas palavras e um acento, é suficiente para expressar o que sinto por esse maravilhoso meio de comunicação/aparelho/magia.
Cresci ouvindo Zé Béttio, o Chacrinha das ondas paulistanas, ria com os baldes de água e aquele som sempre me fazia acordar animado para a escola.
Viajava nas histórias policiais do Gil Gomes, almoçava com Barros de Alencar. Não esqueço do jingle "Barros de Alencar, vai apresentar, as sete mais do dia, as sete campeãs..."
Ouvi muito o Programa Silvio Santos no rádio, sempre animado, distribuindo prêmios para quem conseguisse telefonar e comentando as fofocas dos artistas com seu parceiro Nelson Rubens.
Me emocionei muito com as cartas vespertinas do Eli Corrêa.
Rádio era só AM. A FM veio depois, com uma proposta diferente, explorando a qualidade sonora com as músicas. Programação jovem. Todo o locutor de FM tinha um timbre de voz parecido, mais cool.
Saudade da Rádio Cidade. Fiz fila no orelhão para pedir música.
Depois da novidade, veio a segmentação da programação. A rádio do esporte, a que só toca notícia, a rádio rock... Ficou mais fácil.
Mas logo a praga da programação evangélica dominou o dial. Nada contra a religião, só não gostei de ver minhas estações preferidas sucateadas, transformadas em megafones de pastores.
O pior é que com tanta grana, os gritos ficaram ainda mais altos e claros, interferindo nos sinais das pobres coitadas que ousavam resistir.
Ficou ainda mais difícil girar a sintonia com a invasão de aparelhos chineses. Não adianta mais escolher rádio pela marca, aqueles Transglobe ficaram para trás, agora é quase tudo xing-ling, barato e ordinário.
MOTORADIO não existe mais, dizem que mudou de nome por causa da gigante americana que fabrica celulares. Mas seu DNA está vivo nos rádios MOTOBRÁS, fabricados pela Audiomótor Comercial e Industrial Ltda em Brasópolis-MG.
Recentemente presenteei minha mãe com um aparelho 7 faixas. Comprei procurando o melhor, mas levemente desconfiado que a qualidade não fosse a mesma do passado, já que tudo hoje em dia é movido por peças orientais-de-qualidade-duvidosa. Me surpreendi, aquele estilão ultrapassado está lá, num bege brega brilhante (poderia ser preto fosco ou um black piano moderno), mas com uma qualidade de recepção incomparável, deu pra ouvir transmissões da Inglaterra, França e Congo sem grandes dificuldades, durante o dia.
Voltei para a loja para garantir outro aparelho para mim, feliz por saber que pelo menos uma das grandes marcas do passado ainda resiste bravamente, apesar das crises financeiras e concorrência desleal dos lixos importados.
Acesse http://www.motobras.com.br/ .

Clip-clone!

Pra quem não teve o prazer de viver os anos 80, We are the world foi uma espécie de hino da década. O clip reunia os grandes astros da música mundial numa campanha para arrecadar fundos para diminuir a fome na África. Hoje é ultra cafona, mas não ligo pra cafonisse, por isso sempre que aparece a oportunidade, lá estou eu babando diante do vídeo.

Com menos sucesso, mas com uma constelação de estrelas, incluindo Tom Jobim, Nara Leão, Rita Lee, Chico Buarque, Roberto Carlos e até o gigante Tim Maia, entre outros igualmente grandes, o Brasil produziu seu clip-clone "Chega de mágoa", numa campanha para levar água para o nordeste. É divertido revê-lo no Youtube, se não para matar as saudades, pelo menos para lembrar do visual da época, com cabelão, gel e ombreiras.



Omelete TV

Omelete TV é tudo o que esperava de um programa de TV, mas que a TV jamais teria coragem de colocar no ar. Caras falando sobre quadrinhos, games e afins, num clima descontraído, regado a cerveja.
Muito bem produzido, com uma qualidade HD que salta aos olhos acostumados com YouTube, o programa faz parte da grade da Enxame TV.
Aqui segue o primeiro, se gostar, entre no site e veja os outros.

China, chatinha...

Quem acordou para ver a largada e cochilou depois, não perdeu muita coisa. O GP da China foi um dos mais chatos do ano, um banho de água fria sobre as emocionantes atuações desde a Bélgica.

Hamilton largou na frente e dominou a primeira posição, Raikkonen e Massa atrás só tinham carro para manter a posição da largada, no final, trocaram. A disputa vem para o Brasil, com sete pontos de vantagem para o inglês que deve confirmar o título com tranqüilidade.

Barrichello mostrou mais uma vez porque merece não só correr na próxima temporada, mas ter um excelente carro. Chegou em 11º com uma Honda que anda menos que um DKW.

É difícil entender como um piloto medíocre como Kovalainen está correndo numa equipe de ponta como a McLaren. Sua atuação foi mais uma vez vergonhosa, se o poderoso chefão quisesse vencer a Ferrari na disputa por equipes, deveria ceder o lugar para Barrichello.

Piquet fez o papel esperado, conseguiu um pontinho na 8ª posição, largando em 10º. Seu companheiro, que está acima de todos os outros do grid, chegou em 4º. Bastante criticado, mas foi o melhor estreante brasileiro na F1, marcou mais pontos no ano de estréia. Sinceramente espero sua renovação para 2009 e que esse ano de experiência, correndo ao lado de Alonso, tenha servido como escolinha para melhores resultados.

Interlagos é a corrida de Massa. Em 2006 foi soberano e em 2007 foi obrigado a entregar a vitória para o companheiro. Disputando o título, deve repetir a atuação e contar com Hamilton chegando no máximo em 6º, algo tão improvável como cair uma chuva de sapos em Interlagos.

O mais chato desse resultado é que no balanço geral, o brasileiro foi melhor que o inglês. Enquanto Massa foi prejudicado pelos vários erros da equipe, o mais famoso foi a falta do pirulito em Cingapura, Lewis sempre teve um carro e uma equipe impecáveis, tropeçando só nos próprios erros.

Velhão no Pit Stop

Assista ao Pit Stop de hoje, a edição em que Fábio Seixas comenta os resultados do GP do Japão. O programa está especial porque tem a participação desse que vos tecla, enviando uma pergunta sobre a parceria da Ferrari.

Barrichello admite aposentadoria

Diante do silêncio da Honda em relação à sua renovação de contrato e das poucas vagas disponíveis para correr na próxima temporada, Rubinho admitiu que há uma "remota" chance de se aposentar da categoria no próximo ano.

Caso isso realmente aconteça, será o final de um ciclo de um dos melhores pilotos que a F1 já conheceu, mas que nunca teve a real chance de conquistar um campeonato.

Barrichello é jovem, experiente e atleta capaz de se dar bem em qualquer categoria do automobilismo. Mas sinceramente espero que consiga assegurar sua vaga na F1 e poder continuar mostrando, pelo menos nas corridas com chuva, como se pilota de verdade.