Qual câmera você indica?

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Muita gente sabe que gosto de fotografia e que costumo me informar sobre as novidades do universo fotográfico. Estou longe da condição de especialista, sou apenas um amador, um entusiasta, enfim, mas o fato é que muita gente me procura para dar alguma indicação sobre qual a melhor câmera fotográfica disponível no mercado.

Essa resposta é muito difícil. Escolher uma câmera depende basicamente da necessidade individual. Quem gosta de fotografar a família em festas não precisa de um equipamento muito sofisticado, uma simples com lente 35mm é suficiente. Já quem pretende fotografar pássaros nos ninhos certamente preferirá um equipamento com uma boa teleobjetiva que lhe permita buscar os melhores ângulos a uma boa distância.

Mas invariavelmente quem busca esse tipo de opinião quer apenas uma câmera que ofereça um resultado satisfatório num equipamento leve, resistente e de uma boa marca, que não lhe dê dor de cabeça com manutenção. Daí outra dificuldade, afinal, todos os fabricantes procuram desenvolver equipamentos que garantam a melhor imagem para o usuário mais leigo, assim, dá pra apontar o dedo para qualquer equipamento na vitrine, experimentar e ficar satisfeito com o resultado, pois a maioria das máquinas tem um universo de recursos automáticos, cada vez mais inteligentes.

Indicar uma marca, chega a ser cruel. Imagine se indico um determinado fabricante e, como todo equipamento eletrônico está sujeito a defeitos, dou o azar de a pessoa gastar seu dinheiro com um aparelho caro que pifa logo depois da compra? Onde enfio a minha cara?

Apesar de todas essas considerações, sei que você, leitor, ainda quer que eu responda à pergunta que lhe trouxe até aqui, então, sem maiores enrolações, vou tentar lhe dar alguns parâmetros que eu sigo nas minhas escolhas.

A marca:

A tecnologia da fotografia não é uma novidade, o que é relativamente novo é a tecnologia digital, mesmo assim, antes dessa revolução, muitos fabricantes já gastaram milhões em pesquisa para oferecer aos consumidores os melhores equipamentos, por isso desconfio de fabricantes que nunca me disseram nada, prefiro os já consagrados no universo fotográfico como Nikon, Canon, Olympus, Pentax, Leica, Kodak e Fuji. Outros fabricantes de equipamentos eletrônicos entram numa lista opcional, como Panasonic, Sony, Samsung, GE e Casio. Entre esses, a Sony se destaca porque adquiriu a Konica Minolta, herdando toda a base de conhecimento da tradicional fabricante japonesa. A Panasonic, equipada com lentes Leica também merece muito respeito pois une eletrônica consagrada com a melhor objetiva, por um preço infinitamente menor que o da consagrada marca alemã.

Então, na minha ordem de preferência, fica assim:

Nikon>Canon>Olympus>Pentax>Panasonic>Sony>Fuji>Kodak – Desculpem as que ficaram de fora, mas como disse, minha opinião é pessoal.

Leica é uma Ferrari, por isso nem conto como opção.

Tipo:

DSLR (Digital Single Lens Reflex) são as câmeras de perfil profissional, com resoluções elevadíssimas, velocidade de disparo, quantidade de recursos, várias opções de lente, visor reflex, sapata para flash externo e perfeição de imagem. Entre adquirir uma câmera DSLR de entrada de uma marca consagrada, como a D3000 da Nikon ou a Alpha230 da Sony, por uma faixa de 2 mil reais e uma câmera amadora ultra hiper avançada, compacta, com tela sensível ao toque e tantas outras frescuras, por um preço parecido, não tenho dúvida em optar por uma DSLR. Talvez o grande problema da DSLR seja o tamanho e o peso, mas a compensação da qualidade da foto e o prazer de fotografar com esse tipo de câmera supera em muito o incômodo de carregar uma pequena mochila nos passeios.

Claro que se houver uma inclinação para uma DSLR, será necessário ficar atento a uma quantidade imensa de detalhes para evitar uma frustração, não vou relacioná-los todos aqui, só alerto para pesquisar, experimentar e ponderar antes da compra.

Compactas Super Zoom – São câmeras compactas, com todos os prós e contras dessa categoria, mas equipadas com lentes poderosas que chegam a variar entre 24 e 720mm, ou seja, partem de uma grande angular (que permite registrar o maior número de elementos dentro de um pequeno espaço físico) até uma super objetiva que aproxima cerca de 30 vezes o objeto. Geralmente têm a opção de gravação de vídeo Full HD, um volume e peso confortável e um preço pouco menor ou equivalente ao de uma DSLR de entrada. Não é uma opção profissional, mas uma ótima câmera para um amador que deseja produzir boas imagens, incluindo registros dos distantes pássaros na natureza. Somente alguns modelos têm opção de sapata para flash externo o que limita bastante o uso em espaços fechados, além de não atingirem boa performance em ISOs altos, ou seja, costumam produzir imagens com ruído em ambientes mal iluminados, situação que tende a melhorar diante da atenção dos fabricantes nesse quesito.

Mas se o desejo for para uma câmera compacta para ser usada em situações familiares, com pouco ou nenhum investimento em conhecimento de fotografia, sugiro que não caia nas ofertas de “Tecpix” que borbulham na televisão. Procure adquirir uma câmera de marca reconhecida, dentro das sugestões que já dei, que tenha uma boa lente, com zoom ótico de pelo menos 3X e recursos inteligentes. Particularmente, não gosto das imagens produzidas pelas câmeras Sony, muitas vezes a qualidade das cores não me convence, penso que são apenas lindos gadgets para exibição. Tenho uma pequena Nikon com 3 megapixel, da primeira geração de câmeras digitais, que produz imagens muito mais bonitas que as compactas Sony que já tive oportunidade de experimentar. Só digo isso porque vejo as pessoas comprarem câmeras Sony pela fama da marca, geralmente pagando mais caro e nem sempre com satisfação plena, ignorando qualquer outra possibilidade.

Atualmente tenho preferido e indicado as câmeras Panasonic pois têm recursos inteligentes que facilitam muito a vida das pessoas inexperientes, uma eletrônica confiável e, principalmente, uma lente fantástica da marca Leica. Já vi muita gente feliz com uma Samsung, cheguei a experimentar e achei tão boa quanto uma Sony. Câmeras Kodak ou Fuji sempre são uma boa opção, geralmente tem preço baixo e trazem toda uma base de conhecimento desses fabricantes que precisam se fixar no mercado digital, já que pouca gente ainda se interessa pelos filmes que ainda produzem.

Além da câmera:

Mas é preciso lembrar que para produzir uma boa fotografia é necessário muito mais do que uma boa câmera. É preciso ter um olhar treinado, saber fazer recortes da realidade com arte, buscando o melhor ângulo, o melhor momento, a melhor luz. Mestres da Fotografia, como Irina Ionesco (procure no Google) não abrem mão dos seus antigos equipamentos, no caso dela, uma Nikon F, clássica dos anos 60, totalmente manual e sem fotômetro. Já vi lindas reportagens feitas com câmera de celular. É importante dominar o equipamento e conseguir tirar o seu melhor, conquistar belas imagens é mais importante do que exibir um objeto.

Finalmente, procure se informar, leia o manual, explore os recursos, as possibilidades, experimente. Leia revistas especializadas, procure dicas, crie uma conta no Flickr, entre num fotoclube. Deixe a inibição de lado, saque sua câmera, aponte e clique.

Um comentário:

ADRIANA disse...

Vou começar elogiando seu blog que esta de cara nova, foi repaginado com muito bom gosto!

A pergunta: Qual camera você me indica?... Já fiz várias vezes, pois sei o quanto você gosta de fotografia e o qto entende de maquinas tbem, por isso perguntei... As respostas que eu obtive foram sempre verdadeiras e eu estou muiiiiito satisfeita com sua ultima indicação, pois a máquina é pratica, facil e o resultado final é muito bom...
Eu ja perguntei e gostei muito da indicação.
Obrigada!
Um abraço
Dri