Perdeu, bola pra frente

Não gosto daqueles cartazes berrando “Eu já sabia”, mas também é verdade que muita gente não acreditava profundamente que a seleção brasileira seria a campeã dessa Copa do Mundo.

Muitos fatores determinavam o pessimismo: um técnico que nunca foi popular, aliás, sempre foi o símbolo da pior face do futebol brasileiro, ou alguém esqueceu da era Dunga da Copa de 90 na Itália? Um time mal escalado que ficou longe de representar o melhor futebol do país e o nosso melhor craque convocado com problemas físicos, sem ritmo de jogo.

Para mim, o pior momento do Brasil nessa Copa foi o destempero do técnico nos microfones, xingando um jornalista. Ali ficou evidente que estávamos sob a orientação de um sujeito desequilibrado, sem moral para liderar um time de várzea, quanto mais uma seleção brasileira.

Mesmo assim, todo mundo torceu, pois a camisa amarela é uma força que contagia, que nos chama para a vibração, para a alegria. Tentamos acreditar que poderíamos vencer, mesmo quando víamos nossa fragilidade diante de um time fraco jogando na retranca, mesmo quando não víamos nosso ataque ser eficiente. Mesmo quando víamos nosso meio campo lento, perdendo passes com um futebol previsível. Mesmo quando víamos nosso goleiro, considerado o melhor do mundo, tomar gols bobos.

Perdemos quando enfrentamos um time longe de ser o melhor da Copa, mas melhor do que o nosso. Agora não dá para lamentar, só levantar a cabeça, aprender e melhorar, para ganhar a próxima.

Nenhum comentário: